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Escrevemos sobre assuntos ligados à história goiana, genealogia, artes, artesanato e assuntos de interesse de nossa família. Portanto, esse espaço pertence a uma pessoa somente, é público, todos podem ler se quiser, pois aqui publicamos vários tipos de assuntos, a grande maioria dos leitores se manifesta positivamente e com elogios, o que agradecemos muito. Os comentários devem ser acompanhados de identificação, com email, para que sua opinião seja publicada.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

De onde vem o rincho?

Luiz de Aquino
Membro da Academia Goiana de Letras.

Se o meu amigo Sinésio Dioliveira tivesse realmente lido o DM OnLine durante suas ferias em Boston todos os dias, como disse, não se referiria tão-somente ao excelente artigo do também amigo João Neder, também amigo. Evidentemente, ele não leu... Ou teria visto muitos outros artigos de igual peso e importância, entre eles os da minha lavra, solenemente ignorados pelo poeta e professor Sinésio. Refiro-me ao seu artigo de hoje, “Risos e rinchos (e coices)”, publicado no “Opinião Pública”.

É provável que ele tenha se cansado do meu estilo. Ou dos meus argumentos. Mas poderia ter se interessado pelas informações que passei, e uma deles diz respeito, claramente, à vontade expressada pela família Ludovico, que quer a estátua no seio da Praça Cívica Dr. Pedro Ludovico Teixeira, e não nos ombros, olhando para a casa do “presidente” da Comissão Viúva Porcina (lembra? “A que era sem nunca ter sido”).

A ideia da estátua na Serrinha partiu de José Mendonça Teles ao propor a escultura e a homenagem, em 1991; em 2000, em carta a Mauro Borges Teixeira (ex-deputado, ex-senador, ex-governador e filho de Pedro, Sinésio, caso você não saiba), concordava com a localização na Praça Cívica, sugerindo a instalação no antigo Palácio das Campinas o Memorial Pedro Ludovico.

Atribuir à família a escolha da Serrinha é confessar que não sabia de nada. Gostaria muito de recebê-lo de carona nessa campanha, da qual me sinto um dos pioneiros, com o incontestável testemunho das publicações nestas páginas e no DMRevista. Mas, por favor, informe-se melhor. Ou corre o risco de nivelar-se com o vereador que, sem sequer saber o nome todo do homenageado (eu sei), posa de autor de providências já existentes.

De resto, é aguardar que o Governo de Goiás seja reativado e a Agência de Cultura Pedro Ludovico recupere-se dos estragos cometidos nos últimos anos, voltando a respeitar o povo de Goiás e a personalidade que lhe empresta o nome.

Se tudo o que escrevi não lhe serve de base de informação, aqui vai trecho de carta que recebi de pessoa da família de Pedro:

“… disseram que a família não se manifestou, mas o DM mesmo publicou a carta da família e citou o abaixo-assinado (promovido pela nora de Mauro Borges, Maria Dulce, exigindo a estátua no coração da Praça Cívica). Como dizer que a família não lutou? Lutou sozinha para tirar da Serrinha a estátua. Depois, sozinha, contestou o local definido pela “comissão”, a Rua 82. No dia seguinte, escrevemos “Colocando os pingos nos is”, dizendo que a família não concordava com o local”. A família percebeu “A resistência deste governo e partiu para garantir que a estátua fosse para a Praça de Pedro. Enviei (continua o missivista) e-mail ao candidato Marconi Perillo pedindo ajuda. Ele,em campanha e muito ocupado, pediu que aguardasse o término da campanha. Imediatamente após a confirmação de sua vitória, no Dia de Finados, na visita ao túmulo de Pedro Ludovico, a família perguntou se podia contra com a ajuda dele para colocar Pedro em sua Praça. Em frente aos repórteres ele garantiu à família que mudaria a estátua para a praça,nesse momento a família ficou tranquila, uniu-se a quem sempre prestigiou Mauro Borges e Família; ali acabava a ansiedade, havia um compromisso real e como desejava, Pedro iria para a sua Praça assim que Marconi assumisse. Pronto!

Finalizando: Essa luta começou quando a família percebeu que estavam “cassando” Pedro de sua História, colocando-o lá no Serrinha.

E de resto, voltemos ao tema apenas quando se fizer necessário, ou seja, quando o novo governo assumir e as providências se fizerem necessárias, com nova postura e nova linguagem. Essa gente que causou todo esse alvoroço não merece mais espaço.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Museu Pedro Ludovico reabre

História
JORNAL OPÇÃO
Museu Pedro Ludovico reabre depois de obras de restauro e revitalização
As obras abrangeram desde o prédio, com o restauro de paredes, telhados, piso, até a exposição de longa duração que ganhou novos painéis informativos e novos recursos para estudo e pesquisa
A presidente da Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira (Agepel), Linda Monteiro, e o governador Alcides Rodrigues reabrem na, quinta-feira, 25, o Museu Pedro Ludovico, unidade da agência, criado em maio de 1987 pelo governo de Goiás. O evento será às 20 horas, no hall de entrada do Museu, que fica na Rua Dona Gercina Borges, 133, Centro.

A casa foi construída de 1935 a 1937 para ser residência da família Ludovico. Nos períodos que Pedro Ludovico foi governador e senador, a família transferiu-se para o Palácio das Esmeraldas e para a cidade do Rio de Janeiro, respectivamente. Em 1969, depois de passar por temporadas arrendada e alugada, a casa recebeu novamente a família, que nela permaneceu até a morte de Pedro Ludovico, em 1979. Em 25 de setembro de 1979, a Lei 8.690 autorizou o governo de Goiás a desapropriar o imóvel para implantar o museu, que entrou em funcionamento oito anos depois, em 1987.

O Projeto de Revitalização da Exposição de Longa Duração do Museu Pedro Ludovico integra as ações de revitalização das exposições de longa duração dos museus estaduais goianos realizadas desde o ano passado pela Agência Goiana de Cultura. Além do Museu Pedro Ludovico, os trabalhos envolveram o Museu Ferroviário de Pires do Rio (que vai ser reinaugurado em dezembro) e o Museu da Imagem e do Som (que foi reaberto em agosto do ano passado).

No caso do Museu Pedro Ludovico, o Projeto manteve a proposta original de 1987, que definia o Museu sob duas vertentes: a figura de Pedro Ludovico Teixeira e a história de Goiás. A preservação da memória do fundador de Goiânia foi efetivada através da musealização do acervo deixado pela família — textual, mobiliário, prataria, porcelana, cristais e indumentária. A casa e seus elementos constitutivos e estilísticos também foram submetidos ao tratamento museológico.

O centro de pesquisa sobre a construção e o desenvolvimento de Goiás foi constituído a partir dos documentos textuais produzidos e colecionados ao longo dos 40 anos de vida pública de Ludovico.

Foi mantida também a concepção museográfica do projeto original, que conduz o visitante a vivenciar a figura de Pedro Ludovico em diferentes relações: Pedro Ludovico, o político; Pedro Ludovico, o homem; Pedro Ludovico, a família; Pedro Ludovico, a mudança da capital.

Na proposta expositiva atual, foram acrescentados dois novos ambientes temáticos: um deles reservado para Gercina Borges Teixeira, que será apresentada por meio de sua obra pioneira de assistência social e da presença determinante na família e nas ações políticas do marido. O outro ambiente, também composto de painéis fotográficos e textuais, apresenta a construção de Goiânia e o seu processo de desenvolvimento, tema que era previsto na proposta original, mas que não foi satisfatoriamente trabalhado no decorrer da trajetória do Museu.

As obras de restauro e revitalização abrangeram desde o prédio, com o restauro de paredes, telhados, piso, até a exposição de longa duração que ganhou novos painéis informativos e novos recursos para estudo e pesquisa. O projeto contou com um trabalho de pesquisa criteriosa em fontes bibliográficas — livros publicados, teses, dissertações e monografias de autores que estudaram a vida e a obra do fundador de Goiânia e a sua importância para a história de Goiás.

A pesquisa foi feita também através de fontes orais — dezenas de pioneiros, estudiosos, profissionais que participaram da criação do Museu e familiares de Pedro Ludovico foram ouvidos. São mais de 50 horas de depoimentos gravados em áudio e em vídeo, que estarão disponibilizados, a partir de agora, num espaço reservado para a consulta no piso superior do Museu. Dentre os depoimentos expressivos estão o do filho de Pedro Ludovico, Goianio Borges Teixeira, das profissionais responsáveis pelo projeto de criação do Museu, museóloga Edna Taveira e especialista em museologia, Maria Terezinha Campos Santana (primeira diretora do Museu). Foi ouvido também o escritor Adovaldo Fernandes Sampaio, que coordenou os trabalhos de implantação do Museu, na época como diretor da Fundação Cultural Pedro Ludovico. Os técnicos responsáveis pelo projeto contaram com a colaboração de Maria Dulce Loyola Teixeira, representante da família, que contribuiu na seleção, identificação e seção de imagens e na indicação e contatos com parentes e amigos de Pedro Ludovico e de dona Gercina.

Com a exposição de longa duração revitalizada, a ação de comunicação do Museu poderá ser aperfeiçoada e não ficará restrita somente à exposição, mas será estabelecida sistematicamente durante todo o processo museológico, desde a pesquisa e preservação até os eventos, reuniões, oficinas e ações educativas.

A equipe responsável pelo projeto de revitalização da exposição é composta pelos conservadores de bens culturais, Alba Tânia Rosauro Macedo, João Rosa e Deolinda Taveira, pelo mestre em história Guilherme Talarico, pelos arquitetos Marcílio Lemos e Solange Maria de Santana e Silva, além da chefe do Museu, Alenita Toledo, e equipe de funcionários. A coordenação técnica é da especialista e doutoranda em museologia Tânia Mendonça.

A partir de sexta-feira, 26, o Museu voltará ao horário de atendimento regular: de terça a sexta-feira, das 9 às 17 horas e nos sábados, domingos e feriados, das 9 às 15 horas. Os agendamentos de escolas poderão ser feitos pelos telefones (62) 3201-4678 e 3201-4680.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

SAIU NO DIARIO DA MANHA EM 17.11.2010

Inconformado com a insistência da presidente da Agepel, Linda Monteiro de promover a inauguração da estátua de Pedro Ludovico Teixeira em um canto da Praça Cívica, o vereador Rusembergue Barbosa (PRB) e Pedro Ludovico Teixeira Neto protocolam hoje, às 15 horas, na 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual, uma medida cautelar. A inauguração do monumento está prevista para amanhã, às 19:30 h e a família não concorda com o local reservado à ela, mas deseja sua instalação no centro da praça.
A intenção da medida cautelar é barrar a inauguração da obra no local “vergonhoso” em que se encontra, conforme Rusembergue, adiando a solenidade para depois da investidura do governador eleito, Marconi Perillo. “Ele já nos assegurou que vai ouvir a família e se mostrou bastante sensível à nossa contrariedade diante daquilo que estão chamando de homenagem, mas que é puro desrespeito à memória do meu avô” – afirmou o neto do fundador, que acompanhou Marconi, durante visita ao túmulo de Pedro Ludovico, no último dia 2 (dia de finados). Ele reiterou que a família não vai comparecer à inauguração. “Por uma questão de bom senso e de respeito à memória do fundador, não custa nada aguardar mais alguns dias, para uma solução que entrará definitivamente para a história” – pondera Rusembergue.
O vereador diz que não vê outra saída, que a via judicial. “Existe hoje uma comoção na sociedade, que se mostra indignada, porém, a presidente da Agepel se mostra insensível e disposta a causar esse constrangimento à família e desprezo aos pioneiros de Goiânia” – explica o vereador. Autor da Lei municipal n° 8.942, por ele batizada de “Lei Batista Custódio” – reconhecimento ao apoio do jornalista e do jornal Diário da Manhã à luta pela conclusão da obra –, que determina a instalação da obra na Praça Cívica, após liderar o movimento contra a escolha do Morro Serrinha, Rusembergue defende a demolição do “barracão improvisado”, antiga sede da prefeitura. “Ali é o local mais decente e digno para a instalação do monumento que homenageia o maior estadista de Goiás em todos os tempos.”

Abaixo-assinado
A nora do ex-governador Mauro Borges, filho de Pedro Ludovico, Maria Dulce Ludovico Teixeira lançou no site Petição Pública Brasil, um abaixo-assinado, via on-line, reivindicando que a estátua equestre de Pedro Ludovico seja colocada em um local de destaque na praça que tem seu nome, e não no canteiro da rua 82, em frente ao Instituto Histórico e Geográfico de Goiás.
Segundo ela, “se existe uma praça com seu nome, faz sentido que se concentre lá estátuas, monumentos, memórias, para que fique fácil para a população encontrar a história da cidade”. Maria Dulce afirma que a família foi pressionada a aceitar o local imposto pela presidente da Agepel. “Jamais irão nos convencer de que aquele é o ponto correto.” Ela acusa “constrangimento ilegal e autoritário”. “É como dizer a qualquer cidadão deste País, que ele não tem direito de ser livre, é cassar a família de opinar somente porque é descendente de Pedro Ludovico. Não vamos calar jamais. Somos livres. Aliás, o povo deve opinar se está correto” – assinala ela, justificando o lançamento do abaixo-assinado.

RESPOSTA A LUIZ DE AQUINO SOBRE A INDIGNAÇÃO DA FAMÍLIA DE PEDRO LUDOVICO

Luiz,
ainda agora, 6:00, acabo de ler todo o texto do Batista. Agradeço ser ele o portador de tudo que este pessoal deve escutar e respeitar. Eles sairam do limite. Como o falar da família, perante o público e sociedade em geral, pode ter uma conotação de usar o "poder" para ainda ditar o que se deve fazer, assim ficou muito melhor. Inquestionavelmente, a família tem este direito pois é a imagem de um familiar que está sendo usada de maneira inadequada. Tentamos corrigir o erro como família e como cidadãos brasileiros com direitos garantidos por Lei para preservar, digamos, um bem público e a história, visando, também, não usar indevidamente o recurso público.
A família vem se manifestando desde 16 de junho de 2010, quando soubemos que a estátua seria instalada no Serrinha.
Uma série de mentiras comanda essa perigrinação sobre a homenagem a Dr. Pedro. Acompanhando o que foi escrito, verificaria que a história de não colocar no Serrinha por isso e aquilo - é lorota - estavam todos calados e o Vereador lutava para manter o espaço como reserva ecológica.
Questionamos "porque lá?" - no livro de Dr. Pedro ele diz que esta colina era indicada para reservatório da água que iria abastecer Goiânia, como ficava mais distante do que o "Paineiras", o engenheiro encarregado da obra demonstrou a Dr. Pedro que no segundo morro se gastaria menos por estar mais próximo da cidade, o Serrinha permaneceria com a mesma função para uma futura utilização, como foi utilizado, tem reservatório da Saneago lá. Inventam histórias e as transformam em verdades. Várias vezes espanta-nos as mentiras de que se apoderam os "historiadores", mostrando uma intimidade que nunca tiveram - leram em algum lugar? Assim, como mudou-se o reservatório d'água eles mudaram a estátua, mas sem o cuidado que teve Dr. Pedro de minimizar os custos de seu projeto de abastecimento de água para Goiânia.
Estavam cassando Dr. Pedro de sua história e continuam fazendo a pior cassação de sua vida - pior do que a que a Ditadura fez.
Fizemos, nestes meses, com o apoio da família, uma perigrinação de porta a porta. A primeira visita foi ao Instituto do Professor José Mendonça Teles - porque em 2000 ele enviou a Mauro Borges, uma cópia de sua nova posição com relação à estátua, onde dizia que o local certo era a Praça Pedro Ludovico Teixeira. Claro, fomos lá pedir que apoiasse a família, até o próximo Governo do Marconi, pois, o atual insistia em colocar a estátua "em qualquer lugar" e de "qualquer jeito". Ele perguntou o que fazer. Sugerimos que aguardassem e que fosse feito um novo projeto para construir um Memorial aos Pioneiros, como era desejo de Mauro e sua família estabelecido em carta na ocasião em que foi entregue a casa da Rua 26 ao Estado. (tenho a cópia desta carta e cedi uma cópia para a Agepel). Contamos da emoção de Mauro Borges ao lamentar com os olhos cheios d' água que talvez não colocassem Dr. Pedro em sua praça. Aguardamos muito, dissemos, Dr. Pedro faleceu em 16 de agosto de 1979 e somete em 1993, portanto, 14 anos após a sua morte, iniciaram um monumento em sua homenagem e, parece praga, somente agora está pronto, levou 17 anos para ser concluído. Já esperamos por tanto tempo, esperar mais um ano e fazer certo, é o correto.
Escrevemos, também, ao Bariane Ortêncio pedindo a mesma ajuda - esperar. Ele se aproveitou da nossa carta e assumiu de dono do pedido da família indicando o local.
Contestamos em nome da família dizendo que ali não era a Praça Pedro Ludovico Teixeira e nem aprovavamos aquele local.
Fui ao IPHAN duas vezes - fui muito bem recebida. Ao Ministério Público fui quatro vezes pedir para intervir, pois estavam utilizando recurso público, achamos que o dinheiro público não pode ser usado desta maneira. Na Câmara de Vereadores fui duas vezes, em nenhuma o Vereador, que marcou hora conosco estava lá para nos receber, falamos então por telefone. Falei com jornalistas, articulistas, escritores pedimos muito socorro. Mas, a decisão errada já estava tomada e nada faria a Agepel retroceder.
Foi uma peregrinação de junho até agora em outubro quando recebemos, aos meus cuidados, mas endereçado à família de Pedro Ludovico Teixeira - o relatório que foi citado pelo Sr. Batista. Foi quando vimos um outro Ludovico, beirando os noventa anos, encher os olhos de lágrimas e dizer: "tem que ser na Praça", ele é Pedro Ludovico Teixeira Júnior. Encaminhamos, ou melhor, mostramos à família, pois ficaria muito caro copiar o relatório e mandar a cada um, sendo assim, levamos o original a cada um para ler os absurdos contidos do começo ao fim. Notamos que não foi anexada a carta de 8 de janeiro de 2008, onde assinam Mauro, Pedro e Goiânio, reteirando o pedido para que fosse instalada a estátua na Praça Pedro Ludovico Teixeira.
Partimos para um abaixo assinado eletrônico, as pessoas da comunidade se indignavam, mas pouco podiam fazer. Resolvemos esperar a vitória de Marconi, pois enviamos a ele um correio eletrônico pedido orientação sobre o que fazer mediante tanta imprudência. Respondeu pedindo que aguardassemos o término da campanha. Ele foi insuperavelmente pontual, visitando o túmulo de Dr. Pedro no dia seguinte de ser proclamado vitorioso, confirmou o que a família esperava. Daí saiu no jornal e iniciaram as cartas do DM, para nossa felicidade, pois o jornal tem uma abrangência infinitamente maior do que minhas cartas, meu blog e facebook. E até do abaixo assinado que fizemos: http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2010N3448
Utilizando estes meios pouco abrangiámos. Poucos se manifestaram. Alguns, até concordaram a princípio com a Rua 82. O DM deu a divulgação que precisávamos.
Se nos calamos agora, é porque este Governo não deu à família nenhum sinal de apreço e muito menos a respeitou. Porque dar a eles a satisfação de ter qualquer tipo de relação com a família de Pedro Ludovico Teixeira. Estamos indignados como tratamento dado, não à família mas à memória de Pedro Ludovico, porque desde o início a família sempre se posicionou com argumentos em que solicitava uma ação que perpetuasse a história goiana, carente de um espaço que dignifique os pioneiros, aonde se coloque ao público a história completa da cidade.
Sabemos que mesmo se houver esta inauguração, todos os segmentos que querem ver preservada a memória da cidade estarão com Marconi para viabilizar um Memorial dos Pioneiros e instalar a estátua na Praça de Pedro. A família, assim como nosso amado Pedro, sabe se indignar sem que seus algozes se sintam privilegiados de ter causado algum transtorno, este fato da inauguração equivocada é um ato irresponsável, deveriam prestar contas do recurso que estão utilizando.
Eles jamais conseguiriam mudar o lugar de Pedro nos assentos históricos de Goiás, ele já ultrapassou esse mundo pequeno das mesquinharias, se sua estátua ficou ao nível do chão, Goiânia o projetou no mundo inteiro.
Grande abraço e obrigada pelo apoio constante. Teremos cuidado com quem chega tarde.
Maria Dulce

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

RESPOSTA A BARIANI ORTENCIO SOBRE A ESTÁTUA DE PEDRO LUDOVICO

por Pedro Ludovico Teixeira Neto

Com relação à coluna “Crônicas & Outras Histórias” do Sr. Bariani Ortêncio, de 14 de novembro de 2010, onde o mesmo tece considerações sobre o monumento à Pedro Ludovico Teixeira, gostaria de dizer que a memória histórica de Pedro Ludovico não deve e não pode ser tratada como propriedade privada de ninguém e muito menos usada para lustrar egos inflados. A menção que o colunista faz da decisão anterior da AGEPEL de se colocar o monumento na Serrinha no meio do nada e de lugar nenhum merece reparos. Esta decisão, que de fato já estava tomada pela AGEPEL, felizmente, só não foi implementada em razão de existir uma lei municipal nº 8.942 de autoria do vereador Rusembergue Barbosa que determina a instalação da estátua na Praça Cívica. Nós da família entendemos e concordamos com isso, assim como as mais distintas personalidades que já se manifestaram sobre o assunto, que a intenção do legislador ao elaborar referida lei, foi garantir ao monumento de Pedro Ludovico um lugar de destaque na praça que leva o seu nome e de onde por várias décadas comandou com honestidade e determinação os destinos do Estado de Goiás. Entendemos também que a maior personalidade política da história de Goiás não pode ser tratada de qualquer maneira e muito menos o seu monumento ser colocado em “qualquer lugar” como sugere o Sr. Bariani Ortencio. Apesar disso, nossos gestores públicos resolveram colocar o monumento num canteiro de jardim na extremidade da praça de frente para Avenida 82, servindo apenas como vista privilegiada para os ilustres membros do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, que como diz o colunista contribuíram para a escolha do local. A memória de Pedro Ludovico pertence acima de tudo ao povo goiano e por mais que tentem relegá-la a um plano secundário, esse mesmo povo a quem Pedro serviu com paixão por quase toda a sua vida saberá resgatá-la e lhe dar o valor que merece.

Equívocos ou má intenção?

Luiz de Aquino
Escritor, membro da Academia Goiana de Letras

Senhor Editor, volto a pleitear espaço e não trago tema novo. É, sim, para continuar a catilinária sobre o descaso que o maior órgão oficial de cultura do Estado, a Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico, dispensa ao homem que, além de idealizar e construir esta cidade, empresta seu nome ao próprio órgão (já disse isso, em carta anterior). E por conta da carta de ontem que volto: acordei um tanto tarde, embalado pela chuva benfazeja, por conta do telefonema do escritor José Mendonça Teles.
“Vocês estão cometendo uma injustiça com o José Mendonça Teles”, disse-me ele, emocionado (costuma referir-se a si mesmo na terceira pessoa); lembrei-me que a injustiça não partiu de mim, pois até transcrevi o texto da crônica de Bariani Ortêncio em O Popular de domingo, 14.
“Pois é”, continuou ele, “eu dei a ideia e agora todo mundo é pai do cavalo”, metaforizou ele, com a cabida ironia. “Convidaram-me para ir lá ver o local, tiraram uma foto em que eu apareço e então vieram com essa história de comissão; essa comissão não existe”, definiu ele. Resumindo a pantomima: não existe, então, essa “comissão” formada por ele, José, e mais Ubirajara Galli e Bariani Ortêncio. Mas foi Bariani quem a citou e Galli silenciou-se, pelo menos até ontem, sobre o assunto.
Historiando: partiu de José Mendonça, no comecinho da década de 1990, a sugestão da estátua equestre de Pedro Ludovico, a ser colocada na Serrinha, evocando o momento em que, a cavalo e ostentando roupa própria de montaria e um solene chapéu de feltro, Pedro vislumbrou a campina. “A Serrinha, quando eu apresentei a proposta, suportaria bem um parque e a estátua, mas instalaram lá tantas antenas que o local se tornou inviável”, disse-me ele. E continuou: “Lutei por todos estes anos para ver a estátua finalizada; Neusinha (Neusa Morais) não merecia passar por tudo o que passou e morreu sem ver seu trabalho finalizado”.
José Mendonça é enfático ao isolar-se do entrevero sobre o local. Ele diz que quer ver essa estátua em lugar de distinção, em ponto digno da grandeza do homenageado, e não “num canto de praça”.
Das entrelinhas, mais me convenço de que a localização é, realmente, um capricho pessoal de Bariani, que quer mostrar, de sua sacada, poder de influência ao estabelecer aquele inaceitável ponto de sua própria paisagem.
Existem, em Goiânia, uma leva de arquitetos e urbanistas que não foram consultados – e isso indica que houve um capricho da parte do profissional que detalhou a instalação: ou ele aquiesceu às exigências do escritor ou cumpriu cegamente ordens de sua chefe; esta, com tal atitude, passou a pá de cal no conceito de que desfruta da classe intelectual local (é intelectual quem trabalha com o intelecto, o que falta até mesmo em solenes personalidades que ostentam títulos afins).
Entre os arquitetos, Renato Rocha define bem o espaço histórico de Goiânia. E ao ouvi-lo, repercute na memória a frase costumeira da imprensa, por suas várias mídias, que a todo 24 de Outubro lembra que a cidade foi projetada para cinquenta mil habitantes. Rocha destaca que um monumento histórico, aqui, há de enquadrar nos limites do centro histórico, ou seja, a urbe projetada por Atílio Correia Lima. Fora dele, perde-se o sentido, pois a área expandida para além desses limites é o que temos, entendo eu, como “cidade nova” – no nosso caso, equivale à adição de vários anexos mal planejados, com desencontros de vias e seu conseqüente estrangulamento, exigindo complicados arranjos, por exemplo, da engenharia de tráfego.
Acho pertinente José Mendonça Teles reagir, demonstrar seu estranhamento e até mesmo mágoa, se for o caso, por usarem indevidamente seu nome e sua pessoa.
Passa da hora de se dar nomes aos bois. A goianidade agradece.

domingo, 14 de novembro de 2010

Goela abaixo nunca mais!

Luiz de Aquino

Escritor, membro da Academia Goiana de Letras.


Por que razão a Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira teima em plantar a estátua do fundador de Goiânia no quintal do Palácio? Pelo que se sabe, a concepção da homenagem obedece a um plano que previu que a mesma ficaria na Praça Cívica, com a evidência que merece o maior de todos os nomes da história de Goiás.

Já escrevi, em várias crônicas e outras matérias jornalísticas, que existe um espírito-de-porco que tem por meta denegrir ou reduzir a importância de Pedro Ludovico Teixeira Álvares na vida política, administrativa, econômica e social de Goiás. Como não encontram manchas na vida do homem, tentam agora diminuir sua importância.

Transformem o esdrúxulo barracão que serviu de sede para a Prefeitura de Goiânia, demolindo-o e instalando-se ali um Memorial da Cidade, com a estátua em lugar de honra, como merece a memória de Pedro.

Fala-se de uma comissão, constituída de escritores, que participou da escolha do malfadado local, na Rua Oitenta e Dois, em frente à esquina com a Rua Oitenta e Cinco, no quintal do Palácio, lugar onde, como disse o deputado Carlos Leréia, os “coronéis” de antes amarravam as montarias. Diz-se que o local foi imposto pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que não permite uma estátua eqüestre no conjunto “art déco” da Praça – mas o IPHAN permitiu ou permite a desfiguração do prédio do Correio? E permitiu ou permite o “Três Raças”?

De tanto que se tem falado nisso, veio à tona uma ponta que parece verdadeira: o que há mesmo, envolvendo o IPHAN (não consegui saber da diretora Salma Saddi se é verdadeira a informação), é que a presidente da AGEPEL (a agência que leva o nome de Pedro Ludovico) impôs a localização e a atribui ao órgão federal.

O que se comenta ainda – não posso confirmar a veracidade – é que os escritores membros da tal comissão disseram amém à presidente da AGEPEL, acatando sem contra-argumentar, a escolha feita. E comenta-se mais. Aliás, questiona-se: o que levou a atual presidente da AGEPEL a impor-se no cargo? Tinha-se por certo que Nasr Chaul continuaria presidente por todo o governo Alcides Rodrigues, mas de repente o noticiário deu conta de que a secretária da Cidadania entregou o cargo, a chave do carro funcional e o telefone celular oficial, mas exigiu, na condição de presidente de partido da base, a cadeira da Cultura.

Para o meio, e me refiro à maioria dos militantes culturais do Estado, a troca não foi agradável. Goiás tem dois nomes fortíssimos na gestão cultural, nomes que se firmam por suas ações – Nasr Chaul e Kleber Adorno. Um “estranho no ninho” não foi de bom aceite.

Por outro lado, questiona-se, há anos, a simpatia de que desfruta a sra. presidente: ela consegue, ao contrário de inúmeros (e muito competentes) colaboradores, estar bem com todos os governos. Continuará com o próximo? Ou já se ajeitou na esfera federal, ou mesmo na municipal?

Não preciso enumerar segmentos dentro do meio cultural de Goiás para demonstrar o valor dos nossos artistas; ainda que o Estado seja apenas 3,5% do concerto nacional, nossas ações culturais nada devem aos demais pólos de cultura do país. E a atual presidente da AGEPEL não contribuiu com nada para essa valorização.

No turbulento ano de 1968, na Universidade Católica de Goiás, aprendi, de tanto ouvir e constatar, que autoridade é conhecimento. Acho que essa frase não ecoava na mente de alguns alunos, pois, sabendo que os professores da UCG eram os mesmos da Universidade Federal, os alunos “de lá” deviam, também, ter ouvido a prédica.

Pela imprensa, lemos que autoridade é quem obteve votos, ou se fez investir do poder de mando e (ou) decisão pelo legítimo caminho do concurso; ou ainda pela caneta poderosa dos que, temporariamente, ocupam tronos; por serem os anos da ditadura, aqueles desde 1964, vimos acontecer arbítrios que atentaram contra a liberdade, a dignidade e até mesmo contra a vida.

Daqueles tempos, algumas vítimas (ou a gente imaginava vítimas algumas pessoas) trocaram de lado e começaram a se sentir tão ou mais poderosas que os de fardas e estrelas. Sim: há pessoas, entre os perseguidos daqueles tempos, que não poderiam mesmo, em regime de exceção, exercer cargos públicos, pois, mesmo em tempos de liberdade - esta liberdade que nos permite até xingar o Presidente da República – cometem arbítrios como se tudo pudessem. E querem nos forçar a engolir suas decisões arbitrárias, truculentas e inoportunas.

A gente nao quer mais, sra. presidente! Nossas goelas já engoliram o que não era de bom gosto; agora, podemos dizer não.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Ainda: a estátua no quintal

Luiz de Aquino é escritor, membro da Academia Goiana de Letras, escreve
E-mail: poetaluizdeaquino@gmail.com



“Vista da parte central da Praça Cívica de Goiânia, vendo-se em primeiro plano o coreto e, ao fundo, o Palácio do Governo, ladeado pelos edifícios da Diretoria da Fazenda e Palácio da Justiça”.

Isso é a legenda da foto, estampada no nº 21 (Ano III) da Oeste (revista mensal), outubro de 1944. Notem que, bem no centro da Praça, no local onde hoje temos o Monumento às Três Raças, ficava um obelisco. Eram três, esse aí era o central e o maior deles (os outros dois estão lá, sem os quatro cilindros de vidro fosco que protegiam lâmpadas. Esse obelisco, que integrava a arquitetura da Praça Cívica, foi demolido para que “os negrões” ocupassem seu espaço. Como se fizessem falta, ou como se o obelisco fosse nota dissonante.

Era a segunda metade dos anos de 1960, ou seja, a ditadura ainda curtia lua-de-mel (juro que escrevi lua-de-mal... Ato falho?) consigo mesma. Ferir as imagens da cidade, tal como havia sido concebida, passou a ser esporte preferido dos inimigos (ou invejosos) de Pedro Ludovico: demoliram o obelisco; transfiguraram o coreto (mais tarde, os prefeitos biônicos Rubens Guerra e Hélio Mauro, o restaurariam); violentaram o desenho (ou design, como é da moda) dos canteiros centrais da Praça Cívica e Rua 82; desfiguraram toda a Avenida Goiás (Pedro Wilson foi quem cuidou de nos devolver os jardins e bancos ao jeito dos tempos originais); arrasaram o complexo arquitetônico da Santa Casa de Goiânia.

Mas ainda não acabou... A Avenida Anhanguera, que se estendia desde a Praça A, em Campinas, até sua confluência com a BR-153 (antiga BR-14), era um cartão-postal dos mais notáveis de Goiânia por suas palmeiras de guariroba alinhadas no canteiro do meio. Em sua primeira gestão como prefeito de Goiânia (1966/69), Iris Rezende a estenderia até as saídas para Trindade e Inhumas, mantendo a fila de coqueirinhos.

Era 1998, o último ano da dinastia do PMDB em Goiás. Enquanto a campanha eleitoral absorvia atenções, o governo (de poucos meses) de vice e de presidente da Assembleia daria conta de desfigurar a extensa Avenida Anhanguera, removendo o canteiro central um pouco mais de cem mil palmeiras.

Lembrei-me de Pedro Ludovico, durante missa campal na Praça Tamandaré (era um largo de terra vermelha, sem vegetação, hospedagem de parques e circos), no aniversário da cidade em 1970. Recomendaram ao bispo celebrante que omitisse o fundador de Goiânia pois estavam lá o governador nomeado, o comandante do quartel do Exército, oficiais da Polícia Militar, delegados da tortura, o prefeito biônico... Mas Pedro não aceitou o silêncio: solene e decidido, chegou-se ao altar (não me lembro se havia um microfone; devia haver) e deixou bem claro que não tinha por hábito sair de casa para ouvir desaforo.

O vexame ficou por conta das “autoridades”.

Agora, outras autoridades, desprovidas de votos e de competência, decidem por mais um agravo a Pedro Ludovico: decidem, depois de quase vinte anos de adiamentos constantes, que a (finalmente concluída) estátua eqüestre do fundador de Goiânia seja estabelecida no quintal do Palácio.

Não se justifica, de jeito nenhum! Aquele pedacinho de chão era, sim, o quintal do Palácio das Esmeraldas. Ganhou status de jardim porque o filho de Pedro, Mauro Borges, idealizou e começou a construção do Centro Administrativo. A localização desse prédio tem justificativa: em 1961, quando começou a concebê-lo, Mauro Borges notou que a cidade crescia para o Sul. Imaginou que, num dado momento, algum administrador haveria de estender a Avenida Goiás para o rumo Sul, então o edifício de onze andares foi ali construído para proteger o Palácio (declaração de Mauro Borges ao repórter Benevides de Almeida, da Folha de Goiás, na década de 1970).

Coisas erradas são confirmadas, aqui em Goiânia: as invasões da Rua 115; o antigo Palácio das Campinas (um barracão de péssimo gosto na Praça Cívica, em frente aos Correios); a remoção das características do edifício originais dos Correios (era “art déco”, virou nada); a instalação do Monumento das Três Raças em lugar do obelisco... Enquanto isso, coisas que deveriam ser indiscutíveis viram piada. Como isso de pôr a estátua de Pedro no quintal, no canto que, disseram alguns de uma estranha “comissão de notáveis”, é o único disponível.

Em se tratando de Pedro Ludovico, disponível é o melhor lugar – e o quintal não o é. Seja o local das três figuras símbolo das raças (?). Como também seria de boa iniciativa a reconstrução do obelisco maior, a remoção dos automóveis da Praça Cívica, a demolição do pardieiro que já foi sede da Prefeitura.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

FAMÍLIAS PIONEIRAS DE GOIÁS: FAMÍLIAS PIONEIRAS DE GOIÁS: Abaixo-assinado «A estátua de Pedro na Praça de Pedro e não na 82» .

FAMÍLIAS PIONEIRAS DE GOIÁS: FAMÍLIAS PIONEIRAS DE GOIÁS: Abaixo-assinado «A estátua de Pedro na Praça de Pedro e não na 82» .http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2010N3448

Ludovicos na história

AUREOLINO PINTO DAS NEVES

Goiânia - GO - texto publicado em "0 Popular" em 01.11.2010

Como todo ser humano, o senador Marconi Perillo pode ter vários defeitos. Contudo, dentre suas realizações e feitos valorosos para Goiás, um deles foi reavivar o grande legado de Mauro Borges e da família Ludovico.
Parece concepção sentimentalista. No entanto, Iris Rezende tentou apagar da memória dos goianos as realizações imorredouras dos Ludovicos em Goiás. Um exemplo marcante foi o diálogo ríspido que tivemos, quando eu era vereador, em 1969.
Iris me censurou porque eu abordava sempre as realizações de Mauro Borges. E Iris já dizia, naquela época, que Mauro Borges era um político superado e que os tempos eram outros. E os fatos comprovaram essa tentativa de afastar Mauro Borges da vida política do Estado, como o não apoio para sua indicação a um Ministério, dificuldades para nova candidatura ao governo, etc.
Sim, é inquestionável que Iris merece o respeito e admiração pelas suas realizações em Goiânia e Goiás. Contudo, querer ofuscar o esplendor das realizações de Mauro Borges e Pedro Ludovico é não respeitar as tradições e o papel histórico da grandiosa obra dos Ludovicos nesta terra anhanguerina.
Por isso que Marconi, com sua visão futurista e mente arejada, fez tudo para preservar a imagem vivificante desses dois valorosos homens públicos de Goiás, exemplos de honradez, seriedade no trato do dinheiro público, respeito a cidadania e acendrada capacidade de administrar com planejamento e ampla visão realista os interesses da comunidade.
AUREOLINO PINTO DAS NEVES

Goiânia - GO

Ludovico na historia



Ao encerrar a carreira política, Mauro Borges optou por viver tranquilamente, sem muitos compromissos. Tinha um objetivo: escrever suas memórias, assim como fez seu pai, Pedro Ludovico Teixeira, depois de cassado.
Nunca pediram ou exigiram que lhes dessem um monumento ou denominassem uma avenida com seus nomes. Aliás, a Avenida Goiás era Pedro Ludovico e ele trocou o nome homenageando sua terra natal, a cidade de Goiás.
Marconi Perillo, durante o tempo em que governou, deu à família de Mauro Borges destaque e prestígio. Motivo ele não tinha nenhum, foi por generosidade pessoal e reconhecimento pelos feitos de Mauro e de Pedro durante o tempo em que governaram.
Mauro Borges já não competia politicamente, portanto, nenhum voto daria a Marconi. Em um passado remoto, outro político se aproximou de Mauro fazendo inúmeras gentilezas, já usava as suas artimanhas buscando apoio para ser governador. Mauro concorria ao Senado; disputando a vaga havia outro candidato do partido.
Ele dizia que não apoiava nenhum, mas a sua família trabalhava para o outro candidato, deixando claro que o que falava era uma coisa e suas intenções eram outras - tirar Mauro do caminho.
É difícil entender essa motivação porque Mauro e Iris nunca disputaram o mesmo cargo. Era uma incompatibilidade com Mauro ou com qualquer pessoa que pudesse competir com a sua liderança? Mauro tolerou um tempo e se afastou por discordar da maneira que passaram a fazer política.
Disse, corretamente, Aureolino Pinto das Neves sobre Iris e Marconi. Este preserva a história, jamais mandaria derrubar o Mercado Central, a Santa Casa, o Coreto. Ele valoriza a cultura. Enobrece os goianos. Jamais tiraria a oportunidade de Mauro ocupar um ministério ou o governo do Distrito Federal. Seria um goiano honesto e capaz dando destaque para Goiás.
A volta de Marconi Perillo garantirá a Goiás um terceiro salto para o progresso, assim como Pedro deu o primeiro salto com Goiânia e seu filho Mauro o segundo e amplo salto, com o seu governo inovador e planejado.