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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Aguardando...

Mais uma vez escreveram sobre a instalação da estátua eqüestre de Pedro Ludovico e o Memorial sem o cuidado de dizer que é necessário um estudo detalhado para que não tenha somente a finalidade de armazenar documentos. O Memorial Pedro Ludovico, ou dos Pioneiros ou de Goiânia, não é assunto pertinente somente aos intelectuais goianos, muito menos cabe ao povo. Um espaço cultural dessa importância é uma ação de quem tem autoridade para executar - o Governo, que certamente e corretamente deve estar consultando especialistas da área, tais como: museológos, arqueólogos, historiadores, arquivistas, biblioteconomistas, antropólogos, e, também, um arquiteto urbanista capaz de integrar o que será construído ao conjunto de edifícios que ainda resta na Praça Pedro Ludovico. Um Memorial deve ser útil à comunidade, não apenas um local a mais para abrigar livros, documentos, fotografias para que fiquem empoeirados em estantes. E que tenham o cuidado de contratar e/ou consultar técnicos da área para sanar problemas existentes com preservação, arquivamento e outras falhas que estão sendo já trabalhadas com o vasto acervo e material que o Estado e Município possuem.
Existe uma Lei determinando a construção de um Memorial e 0 Ministério Público estabeleceu até uma data para mudança da estátua, mas sem dizer como, fica evidente que é necessário um estudo minucioso. Seria melhor e agiriam definitivamente com um planejamento adequado.
Pedro Ludovico era um médico modernista que assumiu a direção do Estado preocupado com o progresso, com o desenvolvimento, com a saúde do povo de Goiás. Ao pensar na mudança da Capital goiana, não a concebeu simplesmente, contratou especialistas e delegou tarefas. Tinha arquitetos urbanistas e engenheiros qualificados para traçar a planta da cidade e seu plano diretor. Vários auxiliares o ajudaram a construir Goiânia.
Esta preocupação zelosa, deveria ser continuada. Dia a dia, em nome do “progresso”, desvirtuam o traçado da cidade, destroem praças, permitem a construção de enormes edifícios sem pensar nas conseqüências que causam ao trânsito e ao saneamento público. Modificaram, para pior as ruas e calçadas, as dos bairros antigos são mais humanas do que as dos setores mais novos, como o Setor Bueno congestionado pela alta densidade construtiva. Goiânia cresceu sem o olhar cauteloso para o seu desenho urbanístico original.
Até a Praça - em frente ao Palácio das Esmeraldas - pede socorro, está abandonada, suas fontes de água estão destruídas, seus jardins desfigurados, é claro que assim não ficará (está assim por herança), voltará a ser um belo jardim, bem cuidado, é preciso só um tempinho, para ser restaurada pelo Governo atual.

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