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Goiânia, Goiás, Brazil
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sexta-feira, 21 de junho de 2013

MANIFESTAÇÃO EM GOIÂNIA

Apreensiva, com o que poderia acontecer nas ruas de Goiânia, lembrei muito da experiência e sabedoria que tinha meu sogro em momentos de tumulto e que exigiram dele equilíbrio para decidir o que fazer. 
Comecei a pensar o que fazer. Não tenho força nenhuma, minha força é minha fé em Deus, rezei e com muito otimismo passei um email ao Governador Marconi Perillo, não dando conselhos mas, demonstrando a minha confiança em seu bom senso, sabia que não seria decepcionada.

Sr. Governador,
Bira e eu estaremos nas ruas, junto com milhares de pessoas honestas, que trabalham e que precisam de governantes que se preocupem com o seu povo. Um dia meu sogro me disse entusiasmado que o menino Marconi Perillo seria um excelente governador, que ele tinha confiança em seus princípios e acreditava na sua força e idealismo. Fez com que todos da família sentissem, como ele, esse entusiasmo e admiração pelo "menino" Marconi Perillo. Continuamos, assim, fiéis ao que pensava meu sogro Mauro Borges. Admiramos e respeitamos o Governador Marconi Perillo, sabemos que tem enfrentado problemas, porém, rezo e peço a Deus que o ampare, cuide para que os seus acertos sejam maiores que os erros comuns aos seres humanos. Hoje, dia do movimento que sacode o Brasil inteiro, peço a Deus que o ilumine, que o Espírito Santo seja seu guia, não deixe que o comando de seu governo dê ordens que possam machucar a população, demonstre ao Brasil que Goiás tem um líder, capaz de entender o seu povo. Resguarde o povo goiano como meu sogro o resguardou em 1964 abdicando do seu cargo para não ver uma gota de sangue derramada em vão. 
Confiamos na sua serenidade, quero ter o orgulho de escrever que o meu Governador ficou ao lado de seu povo e aqui os manifestantes não foram agredidos ou calados pela força. Obrigada pela atenção. Deus o abençoe!!!

Fomos à manifestação, ficamos das 17 até às 19:45 andando pelas ruas lotadas de gente, houve apenas um tumulto, um pequeno corre corre ao lado do prédio da prefeitura. 
Esse é um movimento digno de estudo, nunca vimos nada igual, o povo andando, aglomerado, pacificamente. Alguns poucos que querem liderar acabam dizendo besteiras, principalmente os que estão no carro de som, tentam incitar e liderar, mas, na verdade a maioria das pessoas que forma essa multidão não tem liderança, são grupos independentes que surgem juntos de uma rua, carregando a sua bandeira de protesto. São famílias unidas, estudantes, professores, pessoas de um bairro, de uma escola, que se reúnem em grupos e cada pessoa leva o seu recado, escrito à mão mesmo, em papel cartolina ou A4, algumas poucas faixas, mas, tudo feito por cada um. 
Já passamos por manifestações em 64, 66, 68, Diretas Já, Impeachement do Collor, mas, é a primeira vez que vimos tanta gente reunida sem liderança, são todos donos de sua reivindicação, protestam contra o acham errado, uma variedade imensa de críticas ao que o governo deixou de fazer e o que fez de errado. Formam uma massa ordenada, gritam : "sem vandalismo, sem violência". 
Embora não seja coordenada por um segmento, todos tem o objetivo de acabar com o que tem acabado com o Brasil: a corrupção e os maus políticos. Saímos da manifestação preocupados com as pessoas dentro dos carros de som elas estavam perigosamente equipadas com microfones, achamos que estavam estimulando uma anarquia, tipo "vamos invadir a Praça, não vamos recuar", ou diziam coisas que nos lembravam o MST falando de latifúndios e reforma agrária, coisa que não era necessária, porque estava de bom tamanho como estava, tanto que alguns grupos viraram a 85 e marcharam rumo contrário. No mais, valeu e está valendo, estamos escutando os gritos ainda de "vem pra rua". Rezamos muito e deu certo.
11 horas: Não se escuta mais barulho nenhum, acabou. É preciso destacar a atuação dos policiais militares de Goiânia presentes nas ruas durante a manifestação. Nós saímos andando do Setor Oeste descendo a Alameda dos Buritis, passamos em frente à Assembleia Legislativa, devidamente guardada por um cordão de policiais. Seguimos pela Rua 3, Centro, sem ver um policial sequer, descemos a Goiás, que também não tinha nenhum policiamento, até quase a Paranaíba. Subimos de novo pela Av. Goiás junto com uma multidão que caminhava pacificamente. Na Praça Cívica encontramos uns 20 policiais interceptando a entrada da Praça no seguimento da Rua 26. Paramos na esquina da 82 com a 85, dali dava para ver um pequeno grupo, uns dez rapazes (com comportamento diferente do restante das pessoas), querendo enfrentar os policiais, mas foram impedidos pelos próprios manifestantes e ignorados pelos policiais. Ficamos ali parados observando as pessoas passando com seus cartazes, por mais de hora, foi somente essa provocação da rua 26. Os Policiais Militares se comportaram muito bem, inclusive não havia tantos policiais, eles estavam em seus postos de trabalho e agiam normalmente, até ajudaram a desviar o trânsito para que a passeata passasse. Quando a multidão se aproximava, estrategicamente, eles saiam da rua, evitando encontrar com os manifestantes mais exaltados. Não houve vandalismo, foi uma marcha exemplo para todo País. Pelo que notamos, são as pessoas que ficam para o finalzinho que são as perigosas, só querem anarquia e vandalismo. O povo de Goiânia fez uma manifestação tranquila. Aqui não aconteceu nenhum conflito, tanto os manifestantes como a Polícia Militar, sob as ordens do Governador Marconi Perillo, do Secretário de Segurança Pública e do seu Comandante agiram para que tudo corresse em paz. Podemos dizer que aqui em Goiás o Governador respeitou a vontade do povo, escutou o seu protesto e o povo pode se manifestar como queria, os manifestantes não foram agredidos ou calados pela força.
Aqui em Goiânia foi só isso ou será que foi TUDO ISSO, acabou em paz.



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