Anos atrás, Bira, meu marido, Suely, minha mãe e eu fomos a Goiás visitar pontos históricos, pois minha mãe havia muitos anos não ia a Goiás.
Saimos no sábado bem cedinho. Para nossa surpresa, a maioria dos pontos históricos, fechavam às 12 horas. Tristes, iniciamos a nossa corrida para ver o máximo que daria tempo.
Iniciamos pelo Palácio Conde dos Arcos. Estava limpinho, cheiroso, bem diferente do Palácio que minha sogra, Lourdes encontrou em 1961, quando meu sogro Mauro Borges, transferira a Capital do Estado para a cidade de Goiás, uma forma de resgatar o valor da cidade como capital. Como gosto de fotos, fotografei tudo que visitei e que me lembrava fatos ligados à família.
Na Igreja do Rosário, fiquei atenta à riquesa dos desenhos internos, raridade em Goiás, Estado tão novo, em relação ao resto do mundo. Quando entrarem na Igreja vejam os detalhes dos desenhos nas paredes.
Andando e fotografando, comecei a olhar as placas dos bancos e lá estava a placa com o nome da bisavó Mariana, cliquei e aí está.
Neste mesmo passeio, visitamos o Palácio, o cemitério e outros lugares importantes da cidade, alguns estavam abandonados, mas contarei esta estória em outro artigo.
No Palácio Conde dos Arcos, Bira e eu, ficamos emocionados ao entrar na Galeria de fotos de ex governadores de Goiás e encontrar na parede, em forma de cruz, as fotos do avô do Bira, Pedro Ludovico Teixeira, no ponto mais alto da cruz, e abaixo dele a foto do meu avô Ignácio Bento de Loyola, do lado outros dois parentes afins, Mario de Alencastro Caiado e Albatênio Godoy.
Naquele momento, lembrei-me da frase curta e simples, que meu avô Ignácio disse ao me ver com o Ubiratan: "Minha filha, faço muito gosto nesse namoro." Aos 15 anos de idade, significou que ele gostava da família do Bira, mas não sabia dos elos políticos e quão grande eram.
A amizade e o companheirismo de ideal político em benefício do Estado de Goiás, unia há muito tempo as famílias Barros, Loyola, Ludovico de Almeida e Teixeira.
Minha tia Clymene de Barros Loyola conta que meus avós Ignácio e Geny, eram vizinhos da bisavó de Ubiratan, Josephina Ludovico de Almeida Teixeira, mãe de Pedro Ludovico Teixeira.
Por falar neste fato, em 1975, passando por Goiás, fomos visitar meus tios Eridan e Joaquim Taveira, culto e braço direito de Dr. Pedro na área financeira. Sabedor de histórias e estórias de Goiás, fez questão de nos levar para ver a casa em que o vô Pedro Ludovico tinha nascido, ao lado do Forum, na casa da esquina do beco, casa dos avós maternos Pedro Ludovico de Almeida e Maria Inocência Ribeiro da Maia Almeida, com quem a bisavó Josephina Ludovico de Almeida morava, pois havia se separado do pai de Pedro, João Teixeira Álvares, antes do seu nascimento.
Fotografamos e filmamos com a máquina super 8, que tínhamos.
Voltamos à casa dos tios, pois tia Eridan nos esperava com deliciosas quitandas, o seu saborossíssimo bolo de arroz, era algo do céu... A visita foi proveitosa, pois estavam lá meus tios Desembargador Elísio Taveira, Lauro Taveira, médico em Jataí, tio Joaquim e Eridan, nós, Bira e eu e o primo e compadre nosso Luiz Fernando Cruvinel Teixeira, que fez com que os tios se lembrassem do dia em que Dr. Pedro chegou preso em Goiás, e foi libertado pois a Revolução de 1930 estava vitoriosa. Neste dia, o Pai de Luiz Fernando, João Teixeira Álvares Neto, sobrinho de Pedro, jovem ainda, foi quem providenciou uma arma para o tio, logo que este chegou à cidade de Goiás e foi para a casa de sua mãe Josephina.
Histórias e mais histórias foram contadas por meus tios Taveira, protagonistas daquele momento histórico de Goiás, e eu decobria de novo, que os meus parentes próximos do lado materno, estavam, também, ligados à família de Ubiratan. Nós, jovens ainda, só registramos na memória, devíamos ter escrito imediatamente, mas erámos jovens demais...
O assunto não terminava, mas já era muito tarde e tínhamos uma longa estrada para seguir até às margens do Araguaia, ao Hotel das Cangas. Partimos encantados com a conversa, seguimos conversando sobre o fato, que foi e continua ser lembrado até hoje.
Este viagem, ficou marcada, também, por ter sido a primeira vez que eu fui ao Rio Araguaia, lindo, lindo, lindo, mas os mosquitos, demais para mim, não me deixam gostar tanto, como deveria, pois é a paixão de Ubiratan, que continua indo ao Araguaia, sempre que pode.
Até a proxima estória...
Textos de Maria Dulce Loyola Teixeira ou outros, previamente, aprovados, sobre histórias goianas importantes para a família da administradora da página que tenha relação com os pioneiros de Goiânia, com genealogia e com a cultura e história do Estado de Goiás. Foto: casa da família de Pedro Ludovico em Goiânia, hoje Museu.
QUEM SOU EU
- Maria Dulce Loyola Teixeira
- Goiânia, Goiás, Brazil
- Escrevemos sobre assuntos ligados à história goiana, genealogia, artes, artesanato e assuntos de interesse de nossa família. Portanto, esse espaço pertence a uma pessoa somente, é público, todos podem ler se quiser, pois aqui publicamos vários tipos de assuntos, a grande maioria dos leitores se manifesta positivamente e com elogios, o que agradecemos muito. Os comentários devem ser acompanhados de identificação, com email, para que sua opinião seja publicada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
os comentários somente referentes ao blog, sem ofensas e com nome e sobrenome. Os ANÔNIMOS serão descartados. Até 10 linhas.