MORTES NO TRÂNSITO - CARTA ENVIADA PARA SER PUBLICADA EM O POPULAR

Já não causa espanto quando lemos no jornal sobre acidentes de motos com morte, ou pior, quando estamos no trânsito e passamos por mais um corpo estendido no chão. Muitos ainda dizem - "não respeitam nada" - alguns não respeitam mesmo, mas não se justificam os tantos acidentes com morte sem nenhuma punição. São 3.107 morte por ano em Goiânia. O que é isso? Falta autoridade nas ruas ensinando e multando, punindo os infratores.
Para quem tem medo de viajar de avião, pode perder o seu medo, as mortes que acontecem em nossas rodovias a cada três dias, equivalem à queda de dois aviões com 160 passageiros, no mesmo período.
O Brasil precisa de uma nova maneira de administrar suas estradas, as ruas e, também, de educar as pessoas para o trânsito. As estradas abandonadas causam muito dor, enlutam milhares de pessoas por dia.
Basta andar um pouco pelas ruas de Goiânia que deparamos com todo tipo de transtorno e erros impensáveis no trânsito. Exemplificando umas das causas de acidentes, maior atenção as autoridades devem dar aos desvios proibidos nas rodovias que estão no perímetro urbanos de Goiânia. As autoridades ao invés de agir definitivamente, preferem utilizar medidas paleativas e inadequadas para acabar com os desvios criados para os retornos e cruzamentos nas pistas de mão dupla. Grandes valas são cavadas, mas imediatamente são tapadas e recomeçam a cruzar no local de novo. Agem assim porque os retornos são distantes e insuficientes, especialmente para atender às entradas de bairros que estão à margem das rodovias. Ninguém sabe quando são feitas as valas e nem quando são fechadas, a verdade é que nunca existe uma fiscalização da Polícia Rodoviária por perto, resultando no que se vê: inúmeros desvios e cada um faz como quer, sem ninguém se importar com a grande chance de um acidente sério e, muito menos, com uma multa de trânsito.
Na estrada para Goiás, agora que é época de Araguaia, o trânsito está aumentado. A rodovia tem vários bairros em sua margem e são incontáveis as passagens proibidas entre uma pista e outra. As autoridades competentes deveriam atender à população e criar mais retornos, colocando-os mais perto, já que essa rodovia está dentro do perímetro urbano e os retornos são necessários. Quem passa por ali perdeu a conta das vezes que fazem uma vala para impedir que cruzem naquele local e poucas horas depois ou aterram a vala ou fazem outra passagem mais à frente. São vidas e mais vidas que se perdem por negligência.