Carlos Cachoeira:
Onde está o crime?
Muitos dias já se
passaram da revelação pela Polícia Federal, das escutas telefônicas do suposto
contraventor Carlos Cachoeira e seu grupo.
Muitas coisas chamam
a atenção nessa investigação. A imprensa divulgou que nas escutas o nome do
Governador Marconi foi citado 270 vezes. Sendo ele Governador é natural que
seja citado, fosse governadora a Madre Tereza de Calcutá, ela teria sido
citada, igualmente. Mas, o que não vi é,
dentre todas as citações, qual virou crime? Por falar em crime, outra coisa
achei estranha, a Polícia Federal manteve sob escuta vários telefones do mesmo
grupo de pessoas por quatro anos, o que determina a hora de acusar o
investigado, ou, simplesmente, abandonar a investigação? Por quatro anos a
Polícia Federal sabia que Carlinhos Cachoeira era um contraventor, entretanto
demorou quatro anos para divulgar o que ele era e que as pessoas de bem não
deviam se relacionar com ele, socialmente ou comercialmente. Ao não divulgar
que o Sr. Carlinhos Cachoeira era um contraventor a própria Polícia deu a ele
um atestado de idoneidade que hoje todos têm conhecimento, mas, na época só a
Polícia Federal sabia e não divulgou, aí volta a pergunta, quem determina se
essa investigação deve durar seis meses, um ano, dois anos, quatro anos com um
cara delinquindo com o conhecimento da PF, do Ministério Público, do Juiz que
autorizou a escuta telefônica? No meu entender tem muito mais gente precisando
se explicar.
Após quatro anos,
suspender a escuta, prender, formalizar a acusação, etc. Atende a conveniência
de quem? À própria Polícia Federal? À justiça? Ao Governo (Executivo)? Ou ao
PT? Não é uma coincidência, após quatro anos, dar o desfecho da investigação
num momento tão conveniente para o PT, cujo líder maior, o Lula ameaça destruir
o Marconi Perillo, achaca Ministro do STF, ameaça deputados e senadores. A quem
serve esse episódio todo? Ao Estado que está a serviço da sociedade ou mais uma
vez, o partido que está no poder se
servira das instituições do governo.
O julgamento dos
mensaleiros colocou a quadrilha em pânico. Lula e os cardiais do PT adotaram
como estratégia alegar que o mensalão não existiu. Se a quadrilha for condenada
é prova cabal que de fato existiu e o grande medo é que descubram que o
verdadeiro chefe sempre foi o próprio Lula.
Ubiratan Estivallet
Teixeira
Administrador
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