TEXTO AO DR. SÉRGIO DAHER E EQUIPE
Dr. Sérgio,
são tantas as diferenças no atendimento que
recebemos do Senhor e de sua equipe, assim, como dos vários médicos aí do
Hospital Santa Izabel, que eu como paciente daí, há tantos anos, achei que
deveria descrever o que vejo por aí e o tratamento que eu recebo. Sei que essa
não é somente uma opinião minha mas, de todos os amigos que indiquei para serem
atendidos pelo Senhor, eles sempre elogiam a sua competência e a atenção
dispensada a eles. Por ser diferenciado e pelas características próprias do
Senhor e da grande equipe do Hospital Bira e eu sempre nos sentimos confiantes
em indicar os médicos daí para parentes, amigos e a quem nos perguntam.
Deus o proteja e a toda da sua equipe, abençoe,
também, ao Hospital Santa Izabel.
Muito obrigada pelo carinho e pela sua dedicação a
sua profissão, o que o torna um médico competentíssimo, um anjo para seus
pacientes cheios de dor.
Abraço cheio de gratidão.
Maria Dulce
Médicos que cuidam da dor do corpo e da alma
A dor da doença é algo que aflige a quem está doente
e aos que querem bem a quem adoece, especialmente, se for uma criança. O
sofrimento com a dor é algo indescritível, pois pertence somente a quem a
sente. Tem pessoas que são mais resistentes e chegam a um limite elevado de dor
que outras não suportariam. A doença maltrata não importa se a dor é enorme ou
menor, o doente necessita de atenção, uma atitude de cuidado especial dedicado
a aquele doente pode ser mais importante do que “curar” a dor naquela hora.
Há tantas coisas erradas no campo da saúde, mas, a
falta de respeito com o doente faz o povo sofrer. Os planos de saúde não levam
em conta o sofrimento individual, pensam nos lucros e na quantidade, se
esquecem de priorizar o ser humano, tanto os médicos que atendem como os
doentes. Alguns médicos atendem bem por que são generosos. Como podem proceder
melhor em casos de atendimentos em ambulatórios de emergência se um médico
plantonista desconhece o histórico do doente, como diagnosticar bem sem o seu
prontuário? É preciso muita resignação para passar por um atendimento frio e
impessoal nesses casos, principalmente, se não tiver exames em mãos, aí
dependerá do tempo e da boa vontade dos laboratórios ou dos centros de imagem.
A dor não espera o médico decidir quando atender, a dor só piora e quanto mais
se espera maior fica o sofrimento, dói o físico e dói o íntimo. Nesse momento
do sofrimento o doente ainda espera pelo egoístico querer de tanta gente, desde
os atendentes da recepção – que parecem ofendidos em receber um doente até o
atendimento do médico. A espera até chegar a sua vez é angustiante, leva alguns
ao desespero pela falta de solidariedade ali na sala de espera e se for horário
de troca de turno deve se preparar para esperar mais, pois nem mais um segundo
o médico plantonista fica em seu posto, porque o seu tempo pago terminou,
dane-se quem estiver esperando – a dor não é a dele, é a do outro. Ninguém tem
pressa, a pressa é só de quem está sentindo a dor, mas esperar é preciso. Cada
dia mais as pessoas se tornam individualistas e materialistas se esquecendo de
que todos passam por tudo aqui na terra, ou seja, nesse caso de doença, um dia
se é saudável, em outro poderá ser o doente na fila de espera.
Quando uma pessoa doente chega à recepção de um
local que é definido para prestar socorro aos doentes ela depara com uma
barreira visível de mau humor e má vontade, nitidamente demonstrada pelas
pessoas que nem de longe percebem que não estão fazendo como deveriam. Há
algumas exceções, mas a pessoa não recebe nem um cumprimento, não levantam
sequer os olhos, se ela pergunta algo fica sem resposta, até que queiram se
dirigir a ela uma palavra de regra “pois não, o que deseja?”. O bom dia, seja
bem vindo ficam esquecidos, ela é tratada com secura, talvez uma defesa do
atendente para evitar grosserias da pessoa doente. Tem mais, não é concebível,
mas, parece que o doente está inventando toda a sua doença e não precisaria
estar ali.
Não temos um serviço de saúde público descente ele
tem sido literalmente sucateado por pessoas e políticos sem escrúpulos que
roubam aonde mais se necessita, por isso, o serviço privado se sente
privilegiado para fazer o que quer, embora alguns planos de saúde privados
assegurem algumas garantias. Porém, é lamentável a conduta de atendimento no
corredor das marcações de consultas, a espera é longa e se a sua dor é hoje,
pouco importa, a consulta é agendada para resolver o problema um ou dois meses
à frente e o doente deve se conformar com o serviço de emergência ou com o
farmacêutico.
Tudo isso vale para a população em geral. Ouvi de
um médico – excelente e atencioso – que ele pediu a um colega para vir à UTI
atender um caso de urgência e passar um tubo de oxigênio, ao dizer que o
paciente era sem plano de saúde a resposta veio sem hesitar “quero o meu
dinheiro aí antes de iniciar o procedimento”.
Casos assim fazem com que médicos que cumprem o seu
juramento de atender a todos com zelo sejam destacados e comparados a anjos
nesse mundo financista e materialista que estamos vivendo. Temos exemplos ruins
demais, mas temos exemplos de médicos dedicados, capazes e para a felicidade de
nossa cidade, Goiânia é referência em muitas áreas da medicina possuindo
excelentes profissionais, hospitais, centros de radiologia e de imagens.
Quem mora aqui não precisa ir para fora se tratar,
é preferível fazer uma cirurgia em sua cidade, contar com médicos conhecidos e
com o aconchego familiar, pois quando se tem dor é necessário um grande amparo
de Deus, da família e do médico. Essa atenção, e porque não dizer carinho do
médico que o atendeu, é fundamental na sua recuperação. A dor é grande,
qualquer um que tenha complicação de saúde sabe a dor que sente principalmente,
se forem casos cirúrgicos, mas, a diferença em se sentir melhor está no
atendimento humano, caridoso que lhe prestam. Se o profissional que
o atende age assim a sua dor é confortada na proporção do que você recebe.
Sejam abençoados os profissionais que agem assim diante da dor do seu paciente,
Deus cuide para que tenham saúde para continuar a missão de curar e salvar
vidas, ensinando aos profissionais desavisados, desatentos e descuidados que
essa profissão exige um comportamento além da competência. É necessário que o
médico ame a sua profissão, veja no seu paciente o irmão que Jesus pediu para
amar, humanizando o atendimento, proporcionando ao paciente um pacote de
cuidados fundamentais à sua saúde física, emocional e espiritual, indo além do
atendimento biológico. Focar na individualidade da pessoa, do ser único com
reações próprias e com a esperança de ser assim tratada.