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Escrevemos sobre assuntos ligados à história goiana, genealogia, artes, artesanato e assuntos de interesse de nossa família. Portanto, esse espaço pertence a uma pessoa somente, é público, todos podem ler se quiser, pois aqui publicamos vários tipos de assuntos, a grande maioria dos leitores se manifesta positivamente e com elogios, o que agradecemos muito. Os comentários devem ser acompanhados de identificação, com email, para que sua opinião seja publicada.

sábado, 4 de julho de 2009

COMO EXPLICAR O DESTINO

Livro: Jerônimo Martiniano Figueira de Melo - Autos da Revoluçãp Praieira - intr. Vamireh Chacon - Senado Federal - Brasília - 1979 - originais dos autos: Biblioteca Nacional Arquivo Nacional
Todas as páginas destacadas mostram que Ignácio Bento de Loyola e José Hygino de Miranda se conheciam bem, lideraram juntos a Revolução Praieira. O decreto de prisão dos dois É UM SÓ. Vejam as páginas. O Ignácio é meu trisavô pelo lado do meu Pai e o José Hygino é meu quarto avô pelo lado da minha mãe. Os dois viveram em Pernambuco. É incrível esta ligação. Reparem que este fato ocorreu em 1849, em Recife e em 1949, em Goiânia, meu pai e minha mãe se casaram, 100 anos depois.

Pag 5 - foto acima - Na relação de prisões decretadas estão os nomes de José Hygino e abaixo está o nome de Ignácio Bento.

Os presos foram distribuídos em embarcações ancoradas perto de Recife e Fernando de Noronha
pag. 142 - Ignácio ficou preso na Fragata Constituição















Pag. 391 na pronuncia retro os dois são citados juntos, em 24 de maio de 1849.















pag. 143 - José Hygino de Miranda ficou preso na embarcação Corveta Euterpe















No Pronunciamento da sentença, ( pag 388 e 389) o Desembargador responsável destaca o nome de Ignácio e José, dizendo: *À margem: Risquei os nomes de José Hygino de Miranda e de Ignácio Bento de Loyola, (assina) Figueira de Mello
















pag 389 Este é o texto que o Fábio me enviou:

















Em 2007, por força do destino, fomos morar no Rio de Janeiro. Como gosto de pesquisar os nomes de família, logo procurei o Centro Brasileiro de Genealogia, que tinha como membro o Carlos Barata, super simpático, contava com a ajuda valiosa de Regina Cascão, que é grande colaboadora de um grupo de genealogia no Yahoo. Procurando pela família de mínha mãe, os Hygino de Miranda, certa de que eram do Rio de Janeiro, disse o nome de meu bisavô Ruben Hygino de Miranda, o Barata foi logo dizendo, esse sobrenome é de Pernambuco, tem um político famoso, vou olhar quem é e lhe digo. Três dias depois recebi um email me informando que José Hygino de Miranda era o nome do político e a data que foi vereador era casado com Maria Câmara Machado. ambos do Nordeste. Acertara em cheio. Mudei o foco de minhas pesquisas. De novo por email fui informada, pelo Fábio Arruda de Lima, que tinha uma novidade:

Maria Dulce, vejamos se isso te interessa:
"Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor,Tendo sido pronunciados pelo crime de rebelião JOSÉ HYGINO DE MIRANDA, IGNACIO BENTO DE LOYOLA e Antônio José Ribeiro de Moraes: tidos por officiaes das antigas Melícias, passarão a minha ordem e meti-os em Conselho de Guerra, com os outros córreos militares; sucedeu porém que Antônio José Ribeiro de Moraes sendo despronunciado pelo Chefe de Polícia, foi solto, e que pedindo eu a Pagadoria m.as as féz de offícios dos outros dous, só apparece a de JOSÉ HYGINO DE MIRANDA, p.r isso que IGNACIO BENTO DE LOYOLA, tem a nomeação do Governo da Província mas nunca teve confirmação; rogo pois a V. Exa. de digno ordenar-me o que cumpre fazer a tal respeito, pois estou convencido que o fôro militar he incompetente para o referido Loyola, que a volta do expendido, não pode ser considerado como Official de Melícias.
Deos Guarde a V. Exa. Quartel General do Comando das Armas de Pernambuco na Cidade do Recife, 13 de julho de 1849
Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor Conselheiro, Honorio Hermeto Carneiro Leão Presidente da Província
José Joaquim Coelho"



A pontuação e a grafia seguem no original. Traduzi apenas as abreviaturas de "Ilustríssimo" e "Excelentíssimo" para perfeito entendimento da leitura.
Fonte: Revista do Arquivo Público - Ano III - Número V - pág. 506 - Recife/1948
AbçsFábio


Fiquei tão emocionada, que comprei em um sebo do centro da cidade um livro chamado "Autos do Inquérito da Revolução Praieira" de Jerônimo Martiniano Figueira de Melo, onde eu poderia encontrar os decretos de prisões, os depoimentos, os interrogatórios e os julgamentos dos revoltosos.
A cada página do livro me espantava com a tamanha familiaridade que eu tinha com as pessoas ali citadas, eram pessoas da minha árvore genealógica feita por meu bisavô Ruben Hygino de Miranda, neto de José Hygino de Miranda. Com os dois líderes, mais familiares ainda. Pensava a cada página lida, pena que meu pai não esteja mais aqui para ler isto. Rapidinho li o livro. Terminado, eu fiz um texto e enviei por email para meu tio Cleomar - que gostava muito de história, para meu irmão Clenon, que como eu aprecia genealogia mas, não dispõe de tempo para pesquisar, e a para a pessoa mais importante minha mãe Suely, pedi para minha irmã Selma copiar e levar para ela ler, todos ficariam escantados com a descoberta:
_ Ignácio Bento de Loyola - era pernambucano, bisavô de meu pai, Clenon

_ José Hygino de Miranda - era pernambucano, trisavô de minha mãe Suely
Neste livro revela o que para muitos tem explicação no espiritismo e eu, particularmente, acho que foi Deus mesmo, inclusive a maneira como eu tive acesso às informações, num momento triste em que me ocupei das pesquisas para me distrair.
A família de Ignácio Bento de Loyola era grande , 11 filhos, os filhos mais velhos foram mandados para o Sul, para evitar maiores desentendimentos com a família de Pernambuco, dizem que o primeiro Ignácio retirou o nome de família por causa de rixas poíticas familiares. Assim o descendente de Ignácio, Coriolano veio para Goiás e aqui se estabeleceu, casou-se com uma prima e tiveram o filho que deram o nome do avô, Ignácio, o pai de Clenon.
A filho Augusto de José Hygino de Miranda mudou-se para o Rio de Janeiro, criou os filhos no Rio e seu filho Ruben teve uma bela filha chamada Maria Dulce que se encantou com o GOIANO Francisco Taveira que fora estudar Medicina no Rio, e quando voltou para Goiás, trouxe a sua esposa Maria Dulce que em 1930 deu a luz a Suely. Suely conheceu Clenon em Goiás em 1947 e se casaram em 1949, em Goiânia.
  • Ignácio Bento de Loyola (primeiro) era casado com Hermelinda - BISAVÔ DE CLENON - e pai de Coriolano Augusto de Loyola - AVÔ DE CLENON -, veio para Goiás e, casou com Marianna e tiveram Ignácio Bento de Loyola - PAI DE CLENON - que se casou com Geny, e tiveram Clenon de Barros Loyola que se casou com Suely - MINHA MÃE
  • José Hygino de Miranda era casado com Maria Câmara Machado - TRISAVÔ DE SUELY - e pai de Augusto que se casou com Amélia, BISAVÔ DE SUELY - tiveram Ruben Hygino de Miranda, que se mudou para o Riode Janeiro e se casou com Olga - AVÔ DE SUELY - e tiveram Maria Dulce Kemp Hygino de Miranda (MÃE DE SUELY) que se casou com o GOIANO Francisco Taveira, tiveram Suely Taveira que se casou com Clenon - MEU PAI

Um comentário:

  1. Caro amigo
    Será que você não teria como saber para mim se esse augusto hygino era irmão de inácio higino ou saber quem foram os irmãos dele? Eram muitos? Pois eu procuro saber quem são os avôs de meu avô Nabuco Hygino, pois ele morreu sem me falar nada a respeito, mas sei ao menos que ele era do RJ.
    Obrigado pela atenção
    Luiz Phelipe Hygino

    responda ao meu email: lphbarcellos@hotmail.com

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