Este texto foi publicado hoje o Diário da Manhã.
DESCRENÇA E DESMOTIVAÇÃO NA SAGRADA FAMÍLIA.
VANDERLAN DOMINGOS
Nesta segunda-feira acordei meio sonolento, pouco depois do toque da sineta do Colégio Liceu de Goiânia, mas, feliz por ter participado no final da tarde de domingo da grande concentração de fé na Praça Cívica e passeata até a Igreja Matriz. Como de costume dei uma folheada no jornal Diário da Manhã e logo na primeira página uma foto da passeata mostrando mais de seis mil fiéis. Com o coração em júbilo, lembrei-me de um artigo publicado anteriormente intitulado “Com tristeza e obediência” onde nele se destacava o bispo auxiliar Dom Waldemar Passini celebrando a missa, e a seu lado, sem conseguir esconder a emoção, o padre Luiz o auxiliava e certamente, com lágrimas nos olhos, assim como todos os paroquianos, que não acreditando no que estavam presenciando, participaram incrédulos. O vocal naquele dia ficou “engasgado” e nem som teve a mesma qualidade. O padre Luiz cabisbaixo, triste e humilde permanecia inerte, com o olhar perdido na escuridão de seu próprio ser.
Não entendendo a política que impera na igreja católica, tentei ignorar a ausência de tão grande desrespeito que me deixou descrente e desmotivado. A descrença que me toma a alma não é alheia a minha vontade e tem motivação. Todas as pessoas que vão à Paróquia Sagrada Família crêem em Deus, mas tem o Padre Luiz como pai e motivador, benfeitor espiritual e sabem que ele cumpre fielmente seu papel aqui na terra.
Certo dia, fiquei impressionado quando o meu sobrinho Túlio, tão novo, se rebelou contra o padre só porque ele tinha ralhado com seu filho durante a celebração e depois, pressentindo que tinha errado e entendendo a amplitude daquele ato em prol da educação de seu filho retorna à igreja e agora, assiste todas as celebrações; é ativo participante e colaborador. Atitudes como estas são muitas, como são todas as ações sociais desenvolvidas pelo Padre Luiz e o lado cristão de cada ser humano freqüentador daquele ambiente que renasce a cada dia porque todos vêem motivação em suas ações e aí não tem descrença. Por outro lado, entendo que a igreja católica graças às atitudes impensadas, talvez ainda oriundas de um tempo que já não existe mais, tem que rever os seus conceitos, pois hão de se convir que estamos vivendo num mundo moderno e altamente sofisticado. Sabemos que muitos conceitos já ruíram por terra e se adiada essa revisão, o custo disso, o tempo se encarregará de dizer.
Em qualquer tipo de trabalho quanto maior for à motivação, melhor serão os resultados. A motivação diária é uma qualidade que faz diferença em qualquer lugar, até mesmo na convivência com pessoas difíceis. Motivados superamos adversidades e os sonhos tornam-se realidade. E isso o padre Luiz têm de sobra e ”tira de letra” todas as barreiras que se encontram pela frente, tanto que reconstruiu a igreja e fez várias obras sociais de grande relevância social, e muitas vezes, diante das dificuldades, nem conseguia falar e os olhos enchiam de lágrimas quando tocava no assunto durante a missa.
Sei que estou insistindo novamente sobre um assunto de suma importância para a comunidade Sagrada Família e que talvez nem seja possível discutir aqui, em seus pormenores porque desconheço o que se passa por detrás das cortinas; mas, imbuído do desiderato de melhor servir e para não confundir e nem ferir ninguém, procurei economizar espaço, limitando-me a reiterar o pedido de não transferência do Padre Luiz, que para mim é insubstituível. Podem passar tempos e tempos e surgir novas gerações de sacerdotes que este é e sempre será um assunto infeliz, mas de grande relevância social.
Quanto a mim, motivos não me faltam para afirmar isso: se o Padre Luiz deixar a paróquia, também deixarei. Sugestão: Se querem o crescimento e melhorias para outras comunidades, coloque os padres que serão transferidos para estagiarem com o Padre Luiz na Paróquia Sagrada Família. Se tiverem o mesmo desprendimento, amor ao próximo, dinamismo, rigor, exigência, perseverança e o trabalho renovador junto às famílias carentes de outros bairros, acredito que, se resistirem e conseguir alcançar tudo isso, poderão ser designados pela Arquidiocese.
VANDERLAN DOMINGOS DE SOUZA é advogado, escritor, ambientalista, e Diretor da UBE – União Brasileira de Escritores. Email: vdelon@hotmail.com
hoje li no livro do Padre Marcelo uma frase que me chamou a atençao: " A autoridade sem amor é tirania". A arquidiocese está sendo tirana, não está agindo com amor aos 25 mil paroquianos da Sagrada Família, e principalmente com o Padre Luiz.
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=RrSkrEWhc1k
ResponderExcluirMe perdoe, esse blog é lindo, tem nos direcionado, mas acho que não devia sequer colocar esse título, nem essa postagem!!!
ResponderExcluirNão devemos alimentar a descrença e a desmotivação!!!!!
Quem de fato é da Sagrada Família continuará sendo!
O momento agora é nos alimentarmos de forças para acolher o novo sacerdote com amor! Isso sim!!
Quem disse que não?? O amor está não está visível, mas no cuidado!
ResponderExcluirConheci o padre Luiz Augusto na integra, quando ele morava com padre Leonir e ainda era diàcono e sei que essa mudança para ele será benefica tanto para ele como para a comunidade." Aqui na terra estamos de passagem, tudo passa, só Deus permanece!"(padre Luiz). Tenho plena convição de ele ensinou a lição de verdade para seus paroquianos de amor, respeito, caridade e isso todos faremos com o novo padre. paz e bem!
ResponderExcluirTodos os dias rezo e peço a Deus daqui da capela do santíssimo da paroquia sagrada familia ,para Deus trazer o padre luiz Augusto de volta, pois vivemos realidades que não gostariamos de viver mas vivemos, estamos como filhos chegando em casa de seus pais e nao encontrando a mãe e o pai fica muito triste sem rumo, assim eu me sinto todos dias sem pai e mãe mas Deus que é pai e nossa Senhora que é mãe me impulsionam a rezar por este retorno.
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