Estamos assistindo, mais uma vez, um jogo
de “empurra/empurra” a culpa em quem puder tornando difícil saber quais as acusações
são verdadeiras ou são calúnias. Onde está a verdade? Existem conchavos para
esconder o que realmente interessa ser esclarecido e o povo brasileiro fica à
mercê de sensacionalismo, de suposições, de CPI’s que não se concluem, até chegar
ao ponto em que tudo é engavetado para que o povo esqueça, com isso, muitos
políticos envolvidos em corrupção e contravenções se reelegem.
Porque tem sido assim, não quer dizer que
não se pode mudar, mesmo que a história confirme que essa prática de corrupção está
aqui desde o descobrimento do Brasil, entretanto só é assim, porque existe uma desastrosa
permissividade ao que é errado.
As diversas maneiras encontradas para
manter as contravenções debaixo do tapete têm sido como uma escola. O político se
elege, ao tomar posse se aproximam dele os mais sabidos para mostrar que
existem maneiras de ganhar dinheiro além do salário normal, como se o salário
de um político fosse pouca coisa. Infelizmente, ficou fácil ser assim, os
aplausos são para os incorruptíveis, não importa quem seja ou quantos são, não
precisam ser divulgados, eles cumprem a sua obrigação, não fazem para se vangloriar,
mas cumprem o seu dever e, o mais importante, é que estão aí para tentar acabar
com esse conceito negro de que a corrupção esta inserida no contexto nacional e
nada mudará.
Mudará se o povo quiser, como foi feito
com as Diretas Já e com o Impedimento do Collor. O que está aí é uma vergonha.
Fazem acordos, arquivam processos ou somem com eles, tudo achando que pode ser
assim, desprezam as Leis e se sentem seguros, imputáveis. Zombam da sociedade e
se vangloriam disso. Não é possível que acordos sejam feitos à revelia da Lei.
O poder corrompe. Alguns políticos e corruptores não se importam com o Brasil,
não são patriotas, deixam de lado as suas obrigações satisfazendo os seus
interesses, esquecem que os milhões de brasileiros esperam dos governantes e dos
políticos ações que propiciem educação, saúde e segurança pública condições garantidas
pela Constituição.
O correto: é tornar o indivíduo capaz de
prover o próprio sustento, sem ser dependente de um Estado paternalista que ceva
o cidadão, com o suficiente, para que ele se torne um eleitor de cabresto.
O correto: é dar um bom atendimento na
área da saúde, a corrupção nesse meio tem tirado a vida de pessoas que precisam
demais desse serviço público e gratuito, só não é mais crítico porque a iniciativa
privada garante aos trabalhadores da área, planos de saúde que custeiam atendimentos adequados, entretanto,
os que dependem do setor público são deixados em macas nos corredores dos hospitais
esperando por uma vaga. Uma vaga para um quarto, uma vaga para a UTI ou por uma
vaga para ser submetido a uma cirurgia, e, se for um caso de urgência, o
paciente morre.
O correto: seria ter um sistema
educacional eficiente. Quando a educação se tornar prioridade no Brasil tudo
será diferente, as pessoas que têm acesso às escolas aprendem a se cuidar, adoecem
menos, pois, conseguem se sustentar melhorando a sua qualidade de vida e a da
família. Gastar o dinheiro público com paternalismo negligenciando a educação e
a saúde pública, não é solução.
O que acontece hoje poderia ser em consequência
do que aconteceu antigamente, mas, não é aceitável. Se existe corrupção é
porque os corruptos não são punidos, estão protegidos por quem detêm o poder. O
poder é uma arma perigosa para quem não sabe usá-lo, não é para qualquer um. A
grande maioria age obedecendo às normas e às Leis, é eficiente e trabalha
honestamente, porém, existem aqueles que usam o poder para ampliar a sua renda prejudicando a sociedade, o Estado e o País.