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quinta-feira, 30 de junho de 2011

LEMBRANÇAS...

A minha história de hoje é só de lembraças, lembranças boas, de muita alegria e felicidade. Que bênção ter nascido em uma família aonde todos se esforçam para tornar a vida mais bela, conseguindo transmitir para os descendentes essa maneira serena de ver a vida, não porque a vida seja mais fácil, com menos problemas, mas a cordialidade, a solidariedade e a união fortalecem às pessoas e nada consegue desestruturar a integridade familiar. 
Imaginem uma senhora lúcida com 92 anos, que seriam comemorados neste próximo sábado um dia após seu aniversário, contando-lhe histórias de suas avós carinhosas cuidando de suas netas com todo zelo, aconselhando e até lhes preparando cremes de beleza para não deixar a pele do rosto e do corpo envelhecer. Ela conta histórias da família na cidade de Goiás e, posteriormente, em Goiânia. Outros contam como ela carinhosamente acompanhou a todas as noras de sua mãe nos nascimentos de seus filhos. São tantas histórias que dariam um belíssimo livro se escrito com as passagens e os momentos em família, não só de ontem, porque a família continua a tradição de se reunir, ser solidária e presente em todas as ocasiões, seja na alegria ou em momenos tristes. 
Nessa família todos gostam de festas. Comemoram os aniversários, o Natal e a festa junina. Pelo menos uma vez por ano há uma reunião na chácara das tias Mena e Cleony, com a participação de todos, da primeira geração que são os filhos de Ignácio e Geny até a quarta geração, ou seja a festa é uma alegria imensa, é um momento de rever a todos os tios, os primos com seus filhos e netos.
Pensando assim, em reunir mais uma vez a família, tio Clonge, com a ajuda da prestativa Valéria e da tia Marília, realizariam uma festa no próximo dia 2 de julho, na Chácara São José, para homenagear tia Mena no seu aniversário de 92 anos, Sem alardes, porque a festa era para sua irmã mais velha, ele e tia Marília comemorariam as bodas de ouro, 50 anos de casados.
Tudo pronto, faixas com frases carinhosas para sua irmã e, também, para sua inseparável Marília, este sábado seria mais uma reunião de muita alegria, solidariedade, reconhecimento pela bondade de tia Mena, mas Deus o tirou de seu sofrimento de mais de cinco anos em que lutava bravamente para ficar mais tempo com a sua família. Infelizmente, ele não conseguiu permanecer aqui para realizar mais uma festa, está lá em cima com vovô Ignácio, vovó Geny e seus irmãos, Clenon, Cleomar, Cley e Cleuler, ele era o último varão desta família maravilhosa que todos nós sentimos um grande orgulho em pertencer.
Seria uma bela festa! Estavam todos vindo de longe para homeagear tia Mena. Estão chegando dos Estados Unidos, do Rio de Janeiro, de Brasília e, como sempre, seria uma alegria reunir as famílias e manter a tradicional festa do aniversário de tia Mena e a Festa Junina.
Essas reuniões trazem recordações e muita alegria, por mais falta que façam os que já foram, é um momento de contar as histórias das festas da casa de nossos avós na Rua 20, das férias na fazenda Vargem Grande e tantas outras histórias, repetidas quase sempe, mas que enriquecem o relacionamento familiar. Não existem histórias de brigas, discórdias, são histórias alegres cheias de respeito, de cordialidade e de amor. Esse texto ficaria muito longo se fosse escrever sobre as festas e casos e mais casos da família, porque todos têm uma história, vamos dizer completa, para ser contada. Como disse meu filho Rafael, 38 anos, ainda no cemitério, referindo-se à família do avô Clenon: "Tio Clonge era tão participativo em tudo, até com a gente já da geração de bisnetos, quando tinha reunião de família ele ficava até o final da festa e sentava na roda para conversar, tão sereno como os irmãos, é uma característica da família: a bondade e a serenidade, mas ele era mais brincalhão, mais alegre, embora todos tivessem o mesmo cuidado e carinho com a família e com as pessoas" 
É, o tio Clonge sempre foi o tio mais brincalhão, gostava de fazer trocadilhos com os sobrinhos e era também, o mais bonito. Foi estudar Agronomia em Lavras. Lá ele se casou com a linda Marília e vieram moram em Goiânia. Casal amado, os dois sempre carinhosos com todos. Boas lembranças ficam. 
Tia Mena ficaria muito feliz com a festa e em rever todos reunidos. Este amor fraterno é um dádiva para todos. É uma alegria poder dizer que essa família pratica o ensinamento de Jesus de amar ao próximo. Esse amor imenso é sólido porque são calcados em atitudes cristãs e em exemplos que só dignificam a memória de todos. Deus permita que esse amor perdure através de filhos, netos e bisnetos.   
Com tristeza deixaremos a festa para outra ocasião, mas, mesmo assim, agradecemos ao tio Clonge a sua vontade e determinação em reunir a família mais uma vez. Deus o tenha.  

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