QUEM SOU EU

Minha foto
Goiânia, Goiás, Brazil
Escrevemos sobre assuntos ligados à história goiana, genealogia, artes, artesanato e assuntos de interesse de nossa família. Portanto, esse espaço pertence a uma pessoa somente, é público, todos podem ler se quiser, pois aqui publicamos vários tipos de assuntos, a grande maioria dos leitores se manifesta positivamente e com elogios, o que agradecemos muito. Os comentários devem ser acompanhados de identificação, com email, para que sua opinião seja publicada.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

PADRE CÍCERO E OUTROS PADRES TEM O SEU CALVÁRIO EM VIDA, SEMELHANÇAS E CONTRADIÇÕES

Aconteceu há muitos anos, aqui no Brasil, no estado do Ceará, em Juazeiro do Norte.
Era uma vez um Padre que por ser excelente evangelizador e por se destacar em seu sacerdócio mais do que os outros companheiros, orando e agindo, foi perseguido e até destituído de seu sacerdócio. Não faz muito tempo. Era o Padre Cícero - do Nordeste, que muitos chamam de Padim Cícero.
Padre Cícero foi ordenado no dia 30 de novembro de 1870.
No Natal de 1871, Padre Cícero visitou pela primeira vez o povoado de Juazeiro (numa fazenda localizada na povoação de Juazeiro, que pertencia a cidade de Crato) e ali celebrou a tradicional missa do galo.
O padre visitante, de 28 anos de idade, estatura baixa, pele branca, cabelos louros, penetrantes olhos azuis e voz modulada, impressionou os habitantes do lugar com o seu sermão. E a recíproca foi verdadeira, ele gostou demais do lugar, por isso, decorridos alguns meses lá estava ele de volta, com bagagem e família, para fixar residência definitiva no Juazeiro.
Muitos livros afirmam que Padre Cícero resolveu fixar morada em Juazeiro devido a um sonho (ou visão) que teve, segundo o qual, certa vez, ao anoitecer de um dia exaustivo, após ter passado horas a fio a confessar as pessoas do arraial, ele procurou descansar no quarto contíguo à sala de aulas da escolinha, onde improvisaram seu alojamento, quando caiu no sono e a visão que mudaria seu destino se revelou. Ele viu, conforme relatou aos amigos íntimos, Jesus Cristo e os doze apóstolos sentados à mesa, numa disposição que lembra a última Ceia, de Leonardo da Vinci. De repente, adentra ao local uma multidão de pessoas carregando seus parcos pertences em pequenas trouxas, a exemplo dos retirantes nordestinos. Cristo, virando-se para os famintos, falou da sua decepção com a humanidade, mas disse estar disposto ainda a fazer um último sacrifício para salvar o mundo. Porém, se os homens não se arrependessem depressa, Ele acabaria com tudo de uma vez. Naquele momento, Ele apontou para os pobres e, voltando-se inesperadamente ordenou: - E você, Padre Cícero, tome conta deles!
Uma vez instalado neste pequeno aglomerado de casas de taipa e uma capelinha erigida pelo primeiro capelão, em honra a Nossa Senhora das Dores, padroeira do lugar, ele tratou inicialmente de melhorar o aspecto da capelinha, adquirindo várias imagens com as esmolas dadas pelos fiéis.
Depois, tocado pelo ardente desejo de conquistar o povo que lhe fora confiado por Deus, desenvolveu intenso trabalho pastoral com pregação, conselhos e visitas domiciliares, como nunca se tinha visto na região. Dessa maneira, rapidamente ganhou a simpatia dos habitantes, passando a exercer grande liderança na comunidade.
Paralelamente, agindo com muita austeridade, cuidou de moralizar os costumes da população, acabando pessoalmente com os excessos de bebedeira e com a prostituição.Restaurada a harmonia, o povoado experimentou, então, os passos de crescimento, atraindo gente da vizinhança curiosa por conhecer o novo capelão.Para auxiliá-lo no trabalho pastoral, Padre Cícero resolveu, a exemplo do que fizera Padre Ibiapina, famoso missionário nordestino, falecido em 1883, recrutar mulheres solteiras e viúvas para a organização de uma irmandade leiga, formada por beatas, sob sua inteira autoridade.
Atuou sempre com zelo na recepção dos imigrantes.
No ano de 1889, durante uma missa celebrada pelo padre Cícero, a hóstia ministrada pelo sacerdote à beata Maria de Araújo se transformou em sangue na boca da religiosa. Segundo relatos, tal fenômeno se repetiu diversas vezes durante cerca de dois anos. Rapidamente espalhou-se a notícia de que acontecera um milagre em Juazeiro.
A pedido de padre Cícero a diocese formou uma comissão de padres e profissionais da área da saúde para investigar o suposto milagre. A comissão em 13 de outubro de 1891, encerrou as pesquisas e chegou à conclusão de que não havia explicação natural para os fatos ocorridos, sendo portanto um milagre.
Insatisfeito com o parecer da comissão, o bispo Dom Joaquim José Vieira nomeou uma nova comissão para investigar o caso. A segunda comissão concluiu que não houve milagre, mas sim um embuste.
O bispo, Dom Joaquim se posicionou favorável ao segundo parecer e, com base nele, suspendeu as ordens sacerdotais de padre Cícero e determinou que Maria de Araújo fosse enclausurada.
Em 1898, padre Cícero foi a Roma, onde se reuniu com o Papa Leão XIII e com membros da Congregação do Santo Ofício, conseguindo sua absolvição. No entanto, ao retornar a Juazeiro, a decisão do Vaticano foi revista e padre Cícero chegou a ser excomungado, porém, estudos realizados décadas depois pelo bispo Dom Fernando Panico sugerem que a excomunhão não chegou a ser aplicada de fato. Atualmente, Dom Fernando conduz o processo de reabilitação do padre Cícero junto ao Vaticano.
(este texto esta na Wikpedia: - http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%ADcero_Rom%C3%A3o_Batista - )

Agora, partiu do prórpio Papa Bento XVI , pedir que fosse constituída uma nova equipe de estudos, dessa vez na própria Congregação para a Doutrina da Fé, que concluirá todo o processo de reabilitação. Podemos dizer que certamente será concluído com êxito, pois todo o processo realizado até agora foi feito mediante os encaminhamentos da mesma congregação da Santa Sé, e usando para isso inclusive documentos fornecidos pelo Arquivo Secreto do Vaticano. Assim, a futura reabilitação de Pe. Cícero é dada como certa pela diocese do Crato, e festejada por todo o Brasil! Isso significa que sua causa de canonização poderá ser iniciada um dia, e com certeza o será! Trata-se talvez da maior fama de santidade que o Brasil já conheceu! É a fama de santidade que move a canonização (considerando, logicamente, que seja uma fama de santidade autêntica, isto é, baseada nas virtudes heróicas; constatar as virtudes heróicas é a finalidade do processo de canonização até o Decreto da Heroicidade das Virtudes, quando o Servo de Deus se torna Venerável. Aí só faltam os milagres para a beatificação e canonização, que certamente não faltarão a Pe. Cícero). Deus seja louvado nos seus santos!

Como ensina Santa Teresa d’Ávila, a contradição dos bons (perseguição por parte das pessoas consideradas boas) é a maior cruz que uma pessoa pode receber na sua vida (Vida 30, 6). Pe. Cícero e Maria Araújo foram perseguidos pelo próprio bispo, D. Joaquim José Vieira, que não queria admitir em hipótese alguma a existência dos milagres da Hóstia em Juazeiro. Sofreram verdadeiro ‘martírio’ em vida, mas como disse o padre santo: “A minha defesa quem vai fazer é a própria Igreja. Para tudo tem o seu tempo.”  (este texto está em:      http://www.santosdobrasil.org

Nenhum comentário:

Postar um comentário

os comentários somente referentes ao blog, sem ofensas e com nome e sobrenome. Os ANÔNIMOS serão descartados. Até 10 linhas.