Outro dia li um texto sobre as oportunidades
perdidas pela cidade de Goiânia ao longo de sua “curtíssima” vida. Goiânia se
destaca por ter inúmeros empreendimentos de sucesso, mas estão contabilizadas,
também, as perdas pela falta de interesse, ou talvez, porque “falta descobrir a
essência de ser goianiense,” como disse Afif Sarhan, outro dia. Falta acreditar
em seu potencial, em seus líderes, em suas tradições. Falta o orgulho de ter um
grupo que se destaca por sua generosidade. É preciso amar a cidade, amar a sua
história, preservar o que se tem e valorizar àqueles que podem realizar algo
que faça a cidade se destacar.
Nesse episódio Arquidiocese e Padre Luiz Augusto é
certo que perdem muitos, não somente o grupo de católicos que trabalha sob a
liderança dele, pois, enquanto se espera a decisão do comando da Igreja de
Goiânia, nesses últimos três meses, o grupo, proibido de se reunir, deixa de
atender a milhares de pessoas carentes, é o desmonte da caridade católica, de um
serviço de grande estrutura. Perde-se o comando, o elo empreendedor do mais
dinâmico grupo de trabalho social das paróquias de Goiânia, quiçá do Estado. Perdem
o Estado, o Município e a cidade um parceiro que não necessita ser remunerado,
que não tem custos para os cofres públicos, pois os seus colaboradores
sustentam os projetos que são realizados. Ele já deu provas da sua capacidade,
deixando para a cidade um grande legado em obras realizadas durante a sua gestão à frente da
Paróquia Sagrada Família: A Casa Bom
Samaritano, a Casa Pobre de Deus,
a Casa Mãe de Deus, a Creche Coruja, a Chácara de Recuperação Luz que Liberta, o Consultório Médico na Paróquia com diferentes especialidades, o Consultório Odontológico, a Farmácia.
Ora, quem ganha com todo esse trabalho que o Padre
Luiz realiza? Ganha a cidade, porque o Padre Luiz e seus fiéis desenvolvem um
trabalho que qualquer governo gostaria de ter em parceria, pois, eles atendem e
conseguem levar auxílio aonde enxergam que ninguém pode chegar. Eles têm preparada uma equipe de apoio
que quando convocada, assume a responsabilidade como se fosse atender em consultórios
particulares. É assim, são centenas de profissionais da área médica, da área de
odontologia, da área de indústrias farmacêuticas, que, com a ajuda de
empresários e com um número sem igual de voluntários, levam à periferia pobre
da grande metrópole de Goiânia toda uma estrutura de atendimentos sociais
diversos.
Será que estão contabilizando essa perda? Será que
estão pensando na criança do Lixão de Aparecida que não queria brincar porque
sentia muita fome? Ela disse a um dos participantes, chorando: “eu só quero
comida tem dois dias que eu não como, tem um pão aí para me dar?” É para esse
público carente, que está faminto em um
ambiente de muita pobreza que o Padre Luiz e as pessoas que trabalham com ele
fazem muita falta.
Pois bem, que a sociedade goianiense fique ciente
que esse goiano de Rio Verde é para ser preservado no meio de nós, é para ser
valorizado o seu trabalho de grande empreendedor que unido a milhares de fiéis deixou
um grande legado administrativo (de estrutura de uma grande Prefeitura) para a Paróquia
Sagrada Família e se não fosse a punição imposta a ele – será que é justa? - esse
trabalho fenomenal não estaria interrompido, pois, o Padre empreendedor não
fica parado, ele já estava realizando, com os fiéis que se transferiram com ele
para a Comunidade Atos, todo o trabalho de caridade estruturado para atender a
milhares de pessoas, uma força de trabalho imprescindível para ajudar os pobres
que vivem à beira da miséria, por falta de oportunidades.
Ele não para, está construindo a Casa de Nossos Pais, um abrigo para idosos. Os atendimentos com
profissionais da área de saúde, odontologia e outras serviços como carteira de
trabalho, certidões de casamento e nascimento são realizados nos finais de
semana para as comunidades carentes, no Lixão de Aparecida e nas imediações da
Comunidade Atos. Ele, quase que diariamente, faz visitas aos hospitais e,
ultimamente, iniciou um trabalho de evangelização para os presos do CEPAIGO.
Esse é o incansável Padre Luiz, realiza obras e mais obras, pois, com ele
sempre estão pessoas que acreditam e confiam na sua capacidade de trabalho.
Como podemos fechar os olhos e não manifestar o apoio
ao Padre Luiz Augusto? Quantos já precisaram dele e ele atendeu? Quantos levam
seus necessitados aos abrigos que ele criou? Não se trata de apoiar por apoiar,
é apoiar alguém que tinha o maior dízimo de Goiânia, que tinha o maior número
de fiéis em suas celebrações, que tem a mais significativa gestão em
empreendimentos dessa Arquidiocese, que tem e sempre terá um significativo
número de empreendedores junto a ele porque confiam nele.
O silêncio da sociedade e da Arquidiocese parece
referendar mais uma inconcebível perda para a cidade de Goiânia. Perder o Padre
Luiz Augusto, é perder a chance de ser reconhecida como uma cidade que tem uma
população generosa, que se destaca pelos inúmeros trabalhos em prol das pessoas
marginalizadas e sofridas. Esse padre goiano, de Rio Verde, que sabe
administrar evangelizando, é patrimônio da cidade de Goiânia, como Padre
Marcelo é patrimônio de São Paulo. A sociedade precisa da ajuda do Padre Luiz
Augusto e ele precisa da ajuda da sociedade goianiense intercedendo, pedindo ao
Arcebispo que libere o Padre Luiz para exercer o que Deus o abençoou para
fazer, ele ama o seu sacerdócio, ele é um católico cristão pleno, está
adoecendo com esse afastamento. Deus usa o Padre Luiz como intermediário de
tantos, de milhares de católicos. Deus o usa sabiamente, ele é um servo preparado e útil. Os que não simpatizam com ele, devem
simpatizar com o sucesso da Igreja Católica, torçam por ela e sejamos irmãos em
Cristo, sem rancores.
Dom Washington delegou a Dom
Waldemar a decisão sobre o destino do Padre Luiz. Goiano, como o Padre Luiz,
seguramente, Dom Waldemar há de valorizar seu irmão conterrâneo e sob a sua
orientação fará desse episódio uma folha passada. Somos goianos, valorizando os
goianos, escrevendo a história de pessoas que se destacam para o bem de nosso
povo.
Os fiéis estão
sofrendo, merecem uma resposta e estão com pressa, tem gente faminta esperando.
Na dúvida, perguntem como Jesus agiria? A resposta seria: como o Pai ensinou, perdoando
setenta vezes sete e acima de tudo, está o Amor.
Belo texto, Maria Dulce, é uma pena que nós filhos do Pe. Luíz Augusto, não podemos dizer: é mais belo ainda esse tempo que estamos passando...
ResponderExcluirMaria Dulce,essa situação está muito difícil, nós precisamos de uma resposta, a Arquidiocese tem que se manifestar perante os fiéis. O Padre Luiz foi e sempre será um grande representante da Palavra de Deus. Com o seu carisma, a sua sabedoria, levou multidões a mudarem de vida, a buscar realmente a presença de Deus, a viver uma vida santa... Eu me pergunto: Meu Deus, por que tudo isso? Nós não poderíamos estar passando por isso, não é justo. É lamentável!!!
ResponderExcluirPadre Luiz, por favor,venha nos trazer de novo o nosso Jesus vivo na Eucaristia. Por favor... Saudades... Muita força para o senhor.
Maria Dulce, continue com esse trabalho maravilhoso que voce faz. Muito obrigada por suas palavras porque elas exprimem exatamente tudo o que queríamos dizer e você faz com uma sabedoria plena. Parabéns. E vamos rezar para tudo dar certo. "Eu protejo a minha família, eu rezo por ela"...
Maria Dulce, você sempre nos proporciona pelos textos, este é mais um deles, parabéns. Ví a entrevista do Pe Luiz Augusto ao Jornal O Popular de Goiânia, segue o link abaixo para visualizar no YouTube em tela cheia:
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch_popup?v=eLFHAa-EWik
O Pe.Luiz deve ter paciência, pois a gente vê, nas entrevistas que ele está sofrendo com tudo isto, porém, a maioria dos Santos passaram por momentos de provação como este em que ele está vivenciando, porém, todos os Santos venceram as forças do mal ~ o bem sempre há de vencer. Como ele já disse, anteriormente, que realmente ser padre é sua missão para o resto da vida, então, ele vai aguentar o momento de deserto que ele está vivendo. E, para concluir, vamos relembrar a palavra de DEUS em Mateus 25:34-36 que reza:
“Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;
Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;
Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me. “
Paz e bem!
Bom dia, minha irmã!
ResponderExcluirMais uma vez parabéns por mais um belíssimo texto seu!
Que Deus continue te abençoando e te inspirando!
Paz e bem!