Eduardo de Souza, Psicólogo, Artista cênico e diretor da paixão de cristo na Cidade de Goiânia.
Às vezes o que
se busca está tão perto que os olhos não alcançam. Olhar somente para um lado é
se perder no emaranhado de possibilidades que a vida nos oferece. Olhar além da montanha é perceber que o
horizonte nada mais é do que uma visão que se renova a partir do nosso querer,
tem que partir de nós. Perceber falhas é tarefa fácil para os humanos, notar as
diferenças, compreendê-las e aceitá-las é trabalho mais apurado para aquele que
é líder justo e amoroso, agora, conseguir ver as boas intenções e as boas obras
e entender que mesmo que elas venham de forma abrupta ou indesejada é missão de
cristão. Deus utiliza-se muitas vezes das pessoas mais simples e mais improváveis
para mostrar sua glória, isso é bíblico.
Nesse domingo ao ler os jornais e revistas senti a necessidade de fazer
uma reflexão sem intenções de notoriedade, não quero polemizar, mas esboçar uma
visão curiosa sobre o tema: Padre Luiz Augusto. Estamos vivendo em tempos de Via-sacra
com personagens definidos, porém a escolha do elenco fica a cargo
do leitor. Temos na encenação: Judas Iscariotes (amigo ingrato, beijando a face
em troca de um poder temporário), Salomé (exigindo a cabeça dos anunciadores da
verdade numa bandeja), sacerdotes (alguns se silenciando nos templos e falando
apenas o necessário para sua sobrevivência na terra), fariseus (divididos em
suas opiniões), soldados (marionetes com cenas improvisadas), Maria (intercedendo
com o terço na mão), Madalena (fiel amiga) verônica (enxuga as lágrimas), as
mulheres de Jerusalém (cuida e zela no caminho do calvário), Pilatos (lava as
mãos e se omite), Barrabás (oportunista) o rei Herodes (comanda sem liderança),
Caifás (rasga as vestes com o ciúme incontrolável ), Simão de Cirino (ajuda a
carregar a cruz) Pedro (nega, mas se arrepende e fica junto do mestre) João
Batista (anuncia sem medo as injustiças do mundo), Tomé (não acredita na
vitória e encontra-se numa gangorra, ora pende pra lá, ora pra cá), João
evangelista (cuida da família do mestre) Jesus (O mestre das palavras e das ações, realista, liberta, perdoa, é julgado, mas entende o propósito do pai e
espera pela promessa Divina), alguns de
menores participações são entregues a
nós para uma interpretação convincente, vamos a eles: Zaqueu, mínimo, pequeno,
discriminado, cheio de defeitos, mas com uma vontade imensa de descer da árvore
e pedir para que o mestre fique em sua casa, temos também a mulher do fluxo de
sangue querendo tocar no manto e ser curada. Os papéis estão aí, a escolha do elenco
é nossa. É como diz a canção do discípulo Tony Alisson: Se eu tocar na orla do
seu manto serei curado. Que Deus no seu tempo de amor nos cure e nos dê animo e
força para continuar seguindo o mestre, com a certeza de que a crucificação é necessária,
mas o acreditar na ressurreição é imprescindível. Somos apaixonados por Deus e
fãs de carteirinha dos seus anunciadores. Que o paraíso seja para todos, afinal
nosso pai é o mesmo e ele respeita as diferenças dos seus filhos e os acolhe de
forma justa e fraterna. Tenhamos uma ótima Semana. Amém!
nunca fui Católico, Evangelico, Espírita (apesar ter sido criado no espiritismo). Nunca também achei que a Igreja Católica seja digna de merecimentos, haja vista descobertas ligações de fraudes bancárias ao grupo opus dei (ou coisa parecida) e tantos envolvimentos obscuros (pedofilia, inquisição, indulgencias entre outros) que a história nos relata. Porem frequentei durante 3 anos de missa do Pe. Luiz e simplesmente adorava. Por uma simples razão: em todas missas de Pe. Luiz havia unção de Deus. Ali sempre se manifestava anjos de luz. A arquidiocese de Goiânia ao impor a não celebração de missas por ele não impõe punição somente a ele, mas a todos os iam a suas celebrações. Empolgarmos com sua missão é razão para sermos punidos. Antes empolgarmos com o próprio padre do que nos empolgarmos com drogas, com fraudes financeiras, com pedofilia ( quantos padres já vi na televisão que a única punição foi sua transferencia e não a sua expulsão ) etc.
ResponderExcluirEspero que Deus abencoe a volta de Pe. Luiz e que possamos unidos buscar o bem do próximo.