Se escutam ou não, não somos os errados, porque em
benefício da Igreja Católica tem sido manifestadas as opiniões e
preocupações dos fiéis sobre o que tem acarretado a ausência de atividades na
Comunidade Atos. Manifestamos conforme permite o Código do Direito Canônico.
Como podem fechar os olhos e deixar que se percam
tantas iniciativas e já consolidadas obras financiadas pelos fiéis. Como estão
todos os empreendimentos realizados com a ajuda dos paroquianos da Sagrada
Família? Todas as casas de apoio continuam cumprindo a sua missão
primordial?
Como pode ser abandonada toda uma infraestrutura
que abriga milhares de pessoas, sem ao menos justificar porque? Existem
inúmeras Comunidades Católicas espalhadas pelo Brasil que fazem celebrações de
missas, atendem as pessoas e fazem um trabalho semelhante ao que vinha sendo
realizado na Comunidade Atos. Não há justificativa para que seja impedida de
ser uma comunidade para muitos, isso só depende da capacidade de quem está à
frente dela.
Algo está muito errado. Qual é a missão da Igreja
Católica? A Comunidade Atos estava cumprindo essa missão, foi interrompida - de
repente - e não se levou em consideração nada que ali foi construído. Será que
está sobrando recurso financeiro na Arquidiocese de Goiânia? Têm tanto recurso
assim que podem desprezar o que tem sido construído pelos fiéis?
Ficam sem esclarecimentos todas as questões já
feitas.
Não se quer esclarecimentos somente, o que desejam
os milhares de fiéis da Comunidade Atos é a permissão de poder continuar
realizando as obras de caridade e poder ali ter as celebrações de missas que
tanto fazem falta a todos.
Pensem nas pessoas com mais amor fraterno, somos
uma só Igreja trabalhando para uma Goiânia que necessita de muita ajuda para as
pessoas carentes que habitam - ou melhor - vivem em condições precárias por
toda a periferia.
Deixem a Comunidade Atos continuar trabalhando com
a ajuda de milhares de pessoas. Celebrem uma missa de Ano Novo lá, não há
sacerdote que não sinta a grandiosidade de celebrar para mais de três mil pessoas
em uma só missa.
"Louvai ao Senhor do alto dos céus, louvai-O
nas alturas mesmo que as trevas se tornem mais luminosas que o dia."
"Cuidemos para que o Senhor esteja primeiro em
cada um de nós, e depois em todos juntos: Ele não se recusará às pessoas e nem
à universalidade delas. Portanto, que cada um se esforce para não estar em
dissidência consigo mesmo" São Bernardo
Concílio Ecumênico Vaticano II:
Lumen Gentium, nº 83"
“A todos os
leigos, portanto, incumbe o preclaro ônus de trabalhar para que o
plano divino da salvação atinja sempre mais a todos
os homens de todos os tempos e de todos os lugares da terra. Conseqüentemente,
sejam-lhes dadas amplas oportunidades para que também eles participem
ativamente na obra salvífica da Igreja, de acordo com suas forças e as
necessidades dos tempos".
Lumen Gentium, nº 97
"Os
sagrados Pastores, porém, reconheçam e promovam a dignidade dos leigos na
Igreja. De boa vontade utilizem-se do seu prudente conselho. Com confiança
entreguem-lhes ofícios no serviço da Igreja. E deixem-lhes liberdade e
raio de ação. Encorajem-nos até para empreender outras obras por iniciativa própria.
Com amor paterno, considerem atentamente em Cristo as iniciativas, os votos e
os desejos propostos pelos leigos. Respeitosamente reconheçam os Pastores a
justa liberdade que a todos compete na cidade terrestre" (Vaticano II,).
CNBB:
35a. Assembléia Geral:
"Deste modo a ordem jurídica eclesial exige que seja tutelada e promovida
a liberdade de todos os fiéis, que corre paralela à co-responsabilidade que
lhes atribuiu o Vaticano II. Daí uma certa pluralidade de opiniões pode ser
índice positivo de vida e criatividade. Também daí o dever de algum fiel se
expressar, mesmo contrariando o consenso majoritário. Fundamental é que os
fiéis devem "conservar sempre, também no seu modo particular de agir, a
comunhão com a Igreja" (c. 209§ 1).
"A
liberdade e responsabilidade dentro da comunhão eclesial, no que toca ao nosso
tema, sublinha o direito dos fiéis de expressarem aos pastores as próprias
necessidades e anseios (c. 212 § 2), e até mesmo de manifestarem a própria
opinião sobre o que afeta o bem da Igreja (c. 212 § 3). Também no que diz
respeito às coisas da sociedade civil, podem exprimir a própria opinião,
imbuída de espírito evangélico e à luz da doutrina do magistério eclesiástico,
embora sem apresentá-la como doutrina da Igreja (c. 227).
Código de Direito Canônico
Livro II, I parte, Título I, Dos direitos dos fiéis
cristãos em geral
Cânon 212 - § 3.:
De
acordo com a ciência, a competência e o prestígio de que gozam, têm o direito
e, às vezes, até o dever de manifestar aos Pastores sagrados a própria opinião
sobre o que afeta o bem da Igreja e, ressalvado a integridade da fé e dos
costumes e a reverência para com os Pastores, e levando em conta a utilidade
comum e a dignidade das pessoas, dêem a conhecer essa sua opinião também aos
outros fiéis.
Cânon 225 - § 1.:
Uma vez que, como todos
os fiéis, por meio do batismo e da confirmação, são destinados por Deus ao
apostolado, os leigos, individualmente ou reunidos em associações, têm
obrigação geral e gozam do direito de trabalhar para que o anúncio divino da
salvação seja conhecido e aceito por todos os homens, em todo o mundo; esta
obrigação é tanto mais premente naquelas circunstâncias em que somente por meio
deles os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo.
Os leigos são co-responsáveis no ser e no agir da Igreja
ResponderExcluirQueridos irmãos e irmãs em Cristo pelo Batismo, nós estamos na Igreja e nela nós devemos comprometer com a justiça do Reino. Ser de Cristo é ser coerente com a fé que professamos Nele. Somos co-responsáveis também na difusão do evangelho de Cristo a todos. O mundo se torna melhor na medida em que vivemos os valores cristãos na nossa vida, na igreja e no mundo. O testemunho de cada cristão no mundo em que vive deve levar a transformação dele. Deus está presente onde há coerência no agir cristão que transforma a realidade de morte para a vida. Somo protagonista de um mudo melhor nas nossas ações que demonstram a nossa fé em Cristo vivo e ressuscitado no nosso meio.(1)
Segue a Mensagem de Bento XVI para o Fórum Internacional da Ação Católica: CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 23 de agosto de 2012(ZENIT.org) – Bento XVI envia mensagem em ocasião da VI Assembleia Ordinária do Fórum Internacional da Ação Católica que acontece na Romênia de22 a26 de agosto. O Evento convida à reflexão sobre a co-responsabilidade: igreja e sociedade.
A mensagem começa recordando que o tema é de grande relevância para os leigos e coloca em evidência o Ano da Fé e a Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos para a Nova Evangelização. “A co- responsabilidade exige uma mudança de mentalidade no que diz respeito, especialmente, ao papel dos leigos na Igreja”, que não devem ser considerados apenas “‘colaboradores’ mas co-responsáveis do ser e do agir da Igreja”, escreve.
O texto continua comentando sobre a importância de aprofundar e viver este espírito de comunhão profundo na Igreja, como afirma o livro do Ato dos Apóstolos: A multidão dos que haviam crido era um só coração e uma só alma. (4,32) – e continua mostrando como realizar esta ação pela missão da Igreja: “com a oração, o estudo, a participação ativa na vida eclesial, com um olhar atento e positivo em relação ao mundo, na continua busca dos sinais dos tempos”. O Papa pede para que os fiéis não se cansem de aperfeiçoar sempre mais, “com sério e cotidiano empenho formativo, os aspectos particulares da vocação do fiel leigo, chamados a ser testemunhas corajosas e credíveis em todos os âmbitos da sociedade, a fim que o Evangelho seja luz que leva esperança nas situações problemáticas, de dificuldade, de escuridão, que os homens de hoje muitas vezes encontram no caminho da vida”. (2)
“Guiar ao encontro com Cristo, anunciando a sua Mensagem de salvação com linguagem e modos compreensíveis ao nosso tempo, caracterizado por processos sociais e culturais em rápida transformação, é o grande desafio da nova evangelização”, continua a mensagem. Ao final Bento XVI convida os fiéis leigos a assumirem e partilharem as escolhas pastorais das dioceses e das paróquias, favorecendo ocasiões de encontro e de sincera colaboração com outros componentes da comunidade eclesial, criando relacionamentos de estima e de comunhão com os sacerdotes, para uma comunidade viva, ministerial e missionária.(2)
Caros irmãos e irmãs, a mensagem do papa nos faz pensar da importância do trabalho do leigo na Igreja de Cristo. As pastorais e movimento devem culminar na conscientização e pertença a Cristo. Se cada dia unirmos a Deus da vida e ainda viver os valores cristãos que são justiça, amor, perdão e doação, então podemos vislumbrar o Reino de Deus entre nós. Se amarmos a Deus, então devemos amar a todos os irmãos e irmãs. Devemos dar razão a nossa fé através da leitura da bíblia, da formação e do engajamento nos trabalhos missionários na Igreja. A Igreja Católica mostra a sua força no trabalho e assistência aos mais pobres e excluídos da nossa sociedade. Todos são chamados a ouvir a Palavra de Cristo que muda e transforma tudo. A luz brilha nas pessoas que viver o amor de Deus em si e para os outros. (1) Amém
Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha (1)
www.zenit.org (2)