A falha de alguém
causa danos à sociedade há milhares de anos, como vemos relatado em fatos como
o caso de Davi, Rei dos judeus, que, ao cometer o pecado de adultério, recebeu
de Deus a opção de escolher uma das três punições que lhe havia imputado. Davi pensou
e escolheu aquela em que a misericórdia de Deus poderia acontecer. Escolheu a
peste e Deus mandou que a peste se disseminasse entre o povo judeu durante três
dias. Assim aconteceu e setenta mil pessoas morreram, mas, quando o anjo
exterminaria toda Jerusalém, Deus misericordioso, como Davi acreditava, mandou
que ele parasse. Quando Davi viu o Anjo do Senhor, ele reconheceu que o pecado
era dele e perguntou: “Eu cometi a iniquidade, mas estes são como ovelhas, que
fizeram?”
Em tempos atuais,
quando escutamos uma boa Homilia, saímos da Igreja com um rosário de perguntas
com respostas arrepiantes, pois, embora tenham como ser respondidas, não são
solucionadas pela conivência, omissão e até porque a grande maioria dos erros
que atingem à população causam grandes transtornos à comunidade carente, esses
são – na maioria das vezes – os mais atingidos pelos erros, falhas de alguém –
pecado, e, infelizmente, não têm oportunidades de se manifestar, são calados
com ofertas de melhorias que nunca acontecem.
A corrupção é tida
como fato consumado, porque perdemos a capacidade de ficar indignados com o que
não nos atinge de forma total, ou seja, se roubam na saúde, na educação, no
transporte, roubam de todos os brasileiros, mas só será atingida, diretamente,
a população carente que necessita de todos esses serviços, diariamente. Quem
está empregado tem garantido o passe, e muitos, a assistência médica, paga-se
um plano de saúde particular e tem descontado em seu salário dois planos de
saúde: o particular e o do INSS, mas não se importam, porque não confiam no
Plano de Saúde do Estado, mas, também, ninguém contesta, se conforma.
Conformismo com o
que anda nos prejudicando não é um comportamento normal, mas é desencadeado
pela inércia de uma história vivida pela humanidade há muito tempo, desde antes
de Cristo. Os poucos que se manifestaram e tiveram a coragem de falar, tirando
a época em que eram condenados à morte por qualquer coisa que ofendesse aos
dirigentes de Estado, são considerados corajosos, mas, nada de coragem,
simplesmente, agem cumprindo a sua obrigação de serem corretos, embora não
sejam alvos atingidos pelo erro ou pela corrupção ou pelo desatino ou, que
seja, pelo pecado cometido por outros.
Quando se erra,
aonde quer que seja, por ganância, por se sentir superior aos que trabalham e
fica calado com medo de perder o sustento das famílias, por desejar o sucesso
do outro, por deixar que o ócio tome conta de sua vida e daí sentir raiva dos
que se destacam por merecimento, não se erra sozinho, o erro desencadeia na
sociedade uma série de atitudes que serão qualificadas por muitos como normais,
pois, a conivência com uma ação contínua faz parecer que essa ação é lícita,
pois, aceitam assim.
E, se o exemplo vem
de onde não se espera, de dentro da Igreja, como disse Bento XVI: “é de
dentro da Igreja que surgem as maiores intrigas contra ela”, talvez, por
isso, todos os erros causados por ciúme, por inveja, entre padres e bispos
deveriam ser contidos, já que nos seminários e em suas pastorais pregam a
comunhão da catolicidade, dessa maneira evitariam que todo esse mal atingisse a
própria Igreja Católica Apostólica Romana e o pecado de alguns poucos não
atingiria a maioria católica, o povo de Deus e o clero.
Cara Maria Dulce, é com prazer que acompanhamos seu blog. Seus textos, são muito esclarecedores e inquietantes, apresentando uma realidade da vida.
ResponderExcluirParabéns!
Sou totalmente a favor. Acredito que uma ação seja ela para melhoria de algo que lhe é direito, não faz de quem levanta a voz um herói, mas apenas um reivindicador, o que muitos tomam como erro ou jogar pedras na pessoa ou simplesmente idolatra-la. Na qualidade de vida do ser humano física e espiritual não deve existir heróis tão pouco disputa de poder, nunca saberemos qual é o verdadeiro fim de quem tem essas atitudes.
ResponderExcluirTomara chegar um dia em que todos serão iguais e terão seus direitos respeitados como cidadãos de qualquer raça, credo, cor, sexo.
Beijos Maria, adoro suas escritas, sempre me fazendo cresce e pensar um pouco mais.
Marco Antonini
Fico triste em ver uma pessoa que se diz Cristã e Católica com uma sede de atacar o Proprio cristo desta maneira. Acho que o caso a que sublirarmente se refere já esta passando... E Deus esta provando que o que não é de Deus , não importa a altura cai... Feito a torre de Babel. Passe bem Senhora Protestante.
ResponderExcluirSr. João Pedro Medeiros Vaz, bobo o Sr. não é. Só que não pega bem fazer papel de pseudo-homem de recados. Não seria melhor o Sr. ir cobrar da Cúria as perguntas que os fieis da Comunidade Atos buscam incessantemente? seria melhor o Sr. rever seus conceitos.
ResponderExcluirMaria Dulce, você continua incomodando muita gente!
Parabéns, estamos com você.
Julio Ivo e familia
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